Para quem tem seguido a série mangá My Hero Academia desde o primeiro número, tem sido um regalo assistir a uma história que mostra o progresso que os heróis acidentais fazem até se tornarem heróis por mérito. Como o coloca Kohei Horikoshi no lançamento de “Bakugou Katsuki: A Origem” (Devir, 2020), o oitavo volume, “é com base nesta emoção que eu tenho tentado contar esta história de como o nosso protagonista se tornará no maior de todos os heróis”.
Horikoshi que, diga-se, continua a tratar o leitor por tu, oferecendo-lhe deliciosos separadores como a já clássica zona de encher chouriços, criada a partir da fobia da página em branco – e que aqui nos mostra mais sobre os fatos heróicos de Todoroki Shouto ou Lida Tenya -, o cantinho dos personagens secundários – como Miyagi Daikaku, que amputou um dos seus chifres para não atrapalhar as filmagens e o seu trabalho de jornalista – ou dicas úteis para poupar dinheiro – dormir parece ser a mais sensata.
Quando a Liga dos Vilões ataca a cidade de Hosu, Midoriya parte para auxiliar Lida mortinho por usar os novos truques aprendido com o peculiar Gran Torino, apenas para dar conta de que da sala de treinos à acção real vai um passo de gigante. Seja como for a missão acaba cumprida, mas um aceso pós-debate sobre as regras no uso de habilidades faz com que o grupo de heróis escape a uma punição ao abdicar do mérito de ter livrado a cidade de más companhias.
Com os estágios a chegarem ao fim, é hora dos jovens heróis estudarem para os exames finais, que trarão uma grande surpresa bem como o regresso de Bakugou em modo psicopata, culminando num final literalmente com o dedo no gatilho.
É também aqui que o leitor irá fica a conhecer toda a história do One For All, um poder que parece ter criado um gémeo mau que a União dos Vilões persegue, União que decide sair das sombras e espalhar a sua propaganda: “O intento maligno outrora disperso será acometido por uma febre única”. Um grande volume que, para além do bom argumento, nos oferece ainda preciosos ensinamentos de vida como este: “Para manter o corpo e a alma no sítio, nada como um par de jeans bem justinhos!”.
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