Foi uma das edições de mangá mais apetecíveis do ano transacto, que juntou os dois primeiros volumes da série mangá Death Note numa edição em capa preta, com algumas páginas a cores e num formato ligeiramente maior que o da edição original.
Com argumento de Tsugumi Ohba e desenhos de Takeshi Obata, Death Note é uma série composta por doze volumes – a que se acrescentou depois um décimo terceiro, uma espécie de guia da série – que, cruzando o mundo dos mortos com o dos vivos, gira à volta das ideias de livre-arbítrio, justiça e poder.
“Death Note I – Black Edition” (Devir, 2020) apresenta-nos Light Yagami, um estudante de 17 anos acima da médida que parece estar destinado a grandes vôos mas que, ainda assim, é bastante dado ao aborrecimento. Tudo muda ao encontrar um Death Note, o caderno que um Shinigami, qualquer coisa como um dos lendários Deuses da Morte, deixa cair na Terra de propósito, também ele algo aborrecido com a sua vida. Um descuido que, a médio prazo, irá desencadear “uma luta feroz entre dois escolhidos”.
Qualquer ser humano cujo nome for escrito neste caderno morre, e Light decide usar este imenso poder para livrar o mundo do mal, sempre acompanhado pelo Shinigami, que apenas poderá ser visto por aqueles que escreveram no caderno. Um poder absoluto que, do lado da lei, será combatido por L, um detective mistério contratado pela Interpol que tem o estatuto de conseguir resolver qualquer caso. Sempre. Dois cérebros da arte da dissimulação, do engano e do engenho, frente a frente num combate aparentemente desigual mas onde, aos poucos, a distância entre os dois se vai estreitando, e onde é a inteligência que desempenha o papel principal. Que cheguem depressa mais destes cadernos de capa preta.
Tsugumi Ohba nasceu em Tóquio, no Japão. Para além de Death Note, é também o autor de Bakuman, uma série publicada na Weekly Shonen Jump e Platinum End, publicada na Jump Square.
Takeshi Obata nasceu em Niigata, no Japão, em 1969. É o artista responsável pelo popular mangá Hikaru no Go, publicado na Weekly Shonen Jump, que ganhou o prémio cultural Tezuka Osamu na categoria Shinsei (Revelação) em 2000. Participou também nos mangás Arabian Majin Bokentan Lamp Lamp, Ayatsuri Sakon, Cyborg Jichan G, Bakuman, All You Need is Kill e Platinum End, entre outros.
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