Enquanto se vão queimando os últimos cartuchos de um ano com muita bizarria, são já muitas as novidades literárias para os primeiros meses de 2021. Seguem-se as novidades de não-ficção preparadas pela Orfeu Negro para o primeiro semestre do novo ano.
“Escultura Negra” | Carl Einstein
Prefácio de José Bragança de Miranda
Lançamento: Fevereiro
Originalmente publicado em 1915, Negerplastik, de Carl Einstein, apresenta-se pela primeira vez traduzido em Portugal. Um texto denso e revolucionário que se tornou canónico na história da arte europeia por constituir uma primeira abordagem à escultura africana, desafiando vários preconceitos e equívocos, e que viria a influenciar decisivamente as vanguardas artísticas do século XX.
“Pode a Subalterna Tomar a Palavra?” | Gayatri Chakravorty Spivak
Prefácio de António Sousa Ribeiro
Lançamento: Março
Disponível pela primeira vez numa tradução em Portugal, “Pode a Subalterna Tomar a Palavra?”
representa um marco teórico nos estudos póscoloniais. Spivak reflecte sobre o discurso teórico com o qual se descreve a subjectividade subalterna, problematizando o papel da linguagem e da representatividade na reprodução de estruturas hegemónicas que silenciam epistemologias e identidades políticas ditas periféricas.
“Sinais de Cena”
Revista de Estudos de Teatro e Artes Performativas | Série II, Número 5
Lançamento: Abril
O número de 2021 é dedicado ao tema «Fernando Pessoa e as Artes Performativas» e conta com a
participação de vários autores nacionais e internacionais. Para além dos vários ensaios, críticas a
espectáculos e recensões a livros sobre artes performativas, neste número destaca-se uma longa entrevista ao actor e encenador Luís Miguel Cintra e um portefólio dedicado ao Arquivo do Teatro da
Cornucópia.
“O que é a Arte? Conversas com Joseph Beuys | Volker Harlan”
Posfácio de José Miranda Justo
Lançamento: Abril
Joseph Beuys é amplamente reconhecido como um dos artistas mais importantes e inspiradores do século XX. As suas conversas com Volker Harlan são seminais para a compreensão da obra de Beuys e da sua extensa concepção de arte – uma arte indissociável de todas as formas de vida, baseada no pensamento crítico do capitalismo e da democracia e englobando reflexões sobre ecologia e novas formas de dinheiro.
“A Querela da Arte Contemporânea” | Marc Jimenez
Lançamento: Maio
As vanguardas artísticas do século xx parecem ter inviabilizado as tradicionais categorias estéticas, e o grande público reage frequentemente com alguma perplexidade perante obras que não compreende. Em “A Querela da Arte Contemporânea”, Marc Jimenez reflecte sobre o tema controverso da «decadência da arte», analisando os virulentos debates que opõem os defensores e os detractores da criação artística contemporânea.
“Espaço Comum: a cidade como espaço comunitário” | Stavros Stavrides
Introdução de Joana Braga
Lançamento: Junho
Através de uma análise fascinante de determinadas tendências globais como a habitação social, os espaços ocupados, os mercados de rua, street art, entre outras, o activista e arquitecto Stavros Stavrides reflecte sobre as noções de espaço privado e espaço comum e o modo como estas influenciam e incentivam novas formas de vida e relações sociais.
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