Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
O Monte dos Vendavais de Emily Brontë foi publicado pela primeira vez em 1847. Segundo Charlotte Bront ë, sua irmã e autora de Jane Eyre, a obra é “bravia, áspera e nodosa como a raiz da urze. A escultora encontrou um bloco de granito numa charneca solitária e, ao pousar nele os olhos, viu como do penedo se desprendia a cabeça – selvagem, negra, sinistra; uma forma moldada com, pelo menos, um elemento grandioso – o poder. Aplicou-lhe o cinzel, sem outro modelo que não fosse a visão das suas meditações.
Com tempo e com trabalho, o penedo adquiriu forma humana, erguendo-se colossal, negro e carrancudo, meio estátua, meio rocha; enquanto estátua, terrível e demoníaco; enquanto rocha, quase belo, nas suas tonalidades esbatidas de cinzentos, nas suas roupagens de musgo do urzal; e a urze, desabrochando em flores e balsâmicas fragrâncias, cresce fiel aos pés do gigante”.
Este Heathcliff – forma humana animada de sopro demoníaco – é uma obra ambiciosa na sua forma, assume o universo assombroso da personagem esculpida por Emily Brontë e denuncia uma dimensão poética de um amor que nasceu da pura ira onde o trovão insolente impera.”
Sobre o autor
D. H. Machado nasceu em Lisboa. É poeta e editor. Este Heathcliff é o seu quinto livro de poesia. Recebeu em 2003, com o livro Dionísias, as celebrações, o Prémio Revelação Cesário Verde. Tem publicado nesta coleção O Aprendiz (2018), Dionísias, as celebrações (2018), Inês e eu (2019) e Hamlet Rex (2019).
Editora: The Poets and Dragons Society
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