Quem abrir “O Elmer e as Emoções” (Nuvem de Letras, 2020) à espera de encontrar Elmer, o mais famoso e colorido elefante da literatura, fazendo uso da sua calma, olhar crítico, sede de descoberta, sentido de humor e espírito temerário para fazer da selva um lugar melhor, encontrará tudo isto mas de forma pouco habitual – ou, pelo menos, bem diferente do formato história dos livros anteriores.
Os cenários e os companheiros são os mesmos, mas aqui a viagem pela selva faz-se com um safari pelas emoções e os estados de espírito, cada um deles apresentado sob a a forma de um pequeno episódio que, no final, endereça um convite ao pequeno leitor para realizar uma actividade como pintar, desenhar, escolher a melhor cor para pintar uma emoção, descobrir a saída de um labirinto, colar fotografias, usar a música como lugar de inspiração, comer sopas de letras ou pedir aos pais para se juntarem à festa.
Um livro que serve para explorar e reconhecer sentimentos e emoções, fazendo apelo à criatividade e à empatia. Ainda que com menos espaço para dar à tromba, as ilustrações de David McKee continuam uma delícia, em paisagens com o ar de pinturas modernistas.
Sem Comentários