Virginie Aladjidi e Emmanuelle Tchoukriel já inventariaram animais com e sem cauda, árvores, insectos, aves e flores, mas este “Inventário Ilustrado dos Dinossauros” (Kalandraka, 2018) será, muito provavelmente, o mais cool de todos os inventários.
Trata-se de uma pequena história da vida na Terra, desde as suas origens há 4300 milhões de anos, que reúne 47 espécies agrupadas por períodos geológicos. Para cada estampa apresentam-se ilustrações, o nome científico, a classificação e a respectiva descrição, não esquecendo um capítulo dedicado aos lugares onde se podem encontrar dinossauros em Portugal. Cada um dos capítulos tem uma ilustração que recria o cenário natural, o mapa-mundo desse período e um texto explicativo sobre o Triásico, o Jurrássico e o Cretáceo.
Começamos, desde logo, com um prefácio a preceito onde, em jeito de entrevista, a Professora de Paleontologia Claire Peyre de Fabrègues, do Museu Nacional de História Natural de Paris, explica os avanços realizados desde os anos 90 com as novas tecnologias – como se ter descoberto que alguns dinossauros tinham penas. Claire explica também que estudos são necessários para seguir a profissão, quais as outras profissões em que se pode trabalhar com dinossauros, onde/como podemos encontrar fósseis de dinossauros, os locais onde foram encontrados mais fósseis, o que se sabe de novo sobre os dinossauros e quais as ordens de classificação criadas em função da estrutura dos seus quadris.
Por aqui se passeiam meninos como o Vulcanodon – ou dentes em forma de vulcão -, o Compsognathus – de mandíbula fácil -, o Stegosaurus – ou réptil couraçado -, o Apatosaurus – lagarto falso -, o Brachiosaurus – lagarto com braços -, o Dilophosaurus – lagarto de duas cristas -, o Galliminus – dinossauro-avestruz -, o Spinosaurus – lagarto com espinhos -, a Maiasaura – lagarto boa mãe –, o Microraptor – pequeno ladrão – ou o Velociraptor – ladrão rápido, que fazem deste álbum um Parque Jurássico para ter à mão na estante.
As ilustrações recuperam o imaginário dos antigos cadernos de campo, combinando o estudo dos esqueletos, as imagens científicas e as reconstruções, tudo com o espírito artístico de Emmanuelle Tchoukriel.
Virginie Aladjidi trabalhou durante anos em revistas juvenis e editoras. Actualmente dedica-se a criar colecções de livros e textos em colaboração com Caroline Pellissier.
Emmanuelle Tchoukriel estudou Artes Aplicadas e desenvolveu a sua formação no âmbito da comunicação visual antes de ingressar na Escola Estienne de Paris e de se especializar em ilustração médica e científica.
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