Herói nos tempos livres. Este poderia bem ser o mote para o cartão-de-visita de Saitama, um jovem herói não lá muito assumido que, quando tem mesmo de ser, resolve todos os seus problemas com um único golpe – ainda que, no que toque a classificações, esteja a disputar qualquer coisa como o Campeonato de Portugal em vez da mais do que merecida Liga dos Campeões. Tudo porque este herói com ar de nenuco é muito pouco dado ao registo de combates ou a qualquer camada de burocracia, o que faz com que o seu heroísmo seja (re)conhecido apenas por um círculo muito restrito.
No 10º volume da série One-Punch Man (Devir, 2019), uma das melhores coisas que já aconteceram ao universo mangá, continuamos a acompanhar os passos transviados de Garo, um humano que caça heróis e se intitula de monstro. Um tipo que, para dar conta do recado, vai enturmando com um jovem que conhece o Guia dos Heróis de trás para a frente, e lhe vai informando sobre os golpes especiais e os locais onde costumam parar todos estes heróis a abater.
Nas palavras do mestre Fang, que segundo Saitama foi “quem levou mais pancada”, Garo “possui uma técnica especial, que destrói as pessoas. Ele sabe como derrotar os heróis”. Garo que caça não apenas os heróis mas, também, os directores da Associação de Heróis, cabendo a tipos como o Taco de Beisebol Metálico desempenhar o papel de guarda-costas.
Sem saber que se trata de Garo, Saitama arruma-o numa questão de segundos, mais preocupado com questões de importância nacional como disputar um torneio sob uma identidade falsa ou concorrer a um concurso que elege o melhor fato de super-herói. Não poderia faltar a presença da Sra. Nevasca, que tenta enganar Saitama para que este se junte ao seu gangue. Continua simplesmente incrível esta série escrita por One e desenhada por Yusuke Murata.
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