Já o dissémos por aqui vezes sem conta. Mesmo que tenha arrancado bem mais do que uma costela ao universo de Blade Runner, Descender é uma das mais incríveis séries de ficção científica que já passaram pelo universo da banda desenhada. Em “Descender 4: Mecânica Orbital” (G. Floy, 2019), o arranque é feito em três frentes: Tim-21, perseguido pelo seu doppelganger Tim-22; Effie, a ser stalkada por Andy, o irmão de carne de Tim-21; e Telsa, a ser salva por Quo, qe aproveita a boa e momentânea vontade de Prius.
Após conseguirem escapar da Lua-Máquina, Tim-21, Telsa e Quon partem em busca do Dr. Solomon, que poderá ter informações sobre os Colectores, sobre os quais se diz estarem de regresso para terminar aquilo que começaram uma década atrás: destruir o mundo dos humanos.
Noutro quadrante do universo, Andy e o seu gangue perseguem Tim-21, uma aliança que será posta em causa pelas dúvidas existenciais do incrível Broca, que revela um lado oculto que lhe confere um ar ainda mais cool. Broca que acabará por ir de visita a Woch, um pequeno planetóide na orla do espaço sampsonita, onde irá conhecer Pelliot P. Mizerd, que como um Yoda uns centímetros mais alto lhe descreve a geografia local numa frase com vontade de exploração: “Há magia nestes velhos pântanos”.
Uma odisseia de todo o tamanho, impossível de largar assim que se passa os olhos pelo primeiro volume. A arte de Dustin Nguyen continua incrível, pintando a aguarela esta ópera espacial onde homens e máquinas estão, decididamente, numa relação complicada. A boa notícia é que o quinto volume já anda por aí – e é ainda mais incrível.
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