Já com o primeiro mês a mais de metade, divulgamos os nossos destaques de programação para o primeiro semestre da Casa da Cultura, em Setúbal, no que diz respeito a música e a literatura. Para apontar na agenda.
Literatura
30 Janeiro | 21h30 | Sala José Afonso
Leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
Em Voz Alta
Sophia de Mello Breyner Andresen
Por Lia Gama e Jorge Silva Melo
Entrada gratuita
31 Janeiro | 22h00 | Sala José Afonso
Muito Cá de Casa
A Edição Independente
Autores e editores da Livraria Snob
Entrada gratuita
1 Fevereiro | 16h00 | Sala José Afonso entrada gratuita
Lançamento de Livro “O Centenário de Bocage Em 1905 (em Portugal e no Brasil)”, de Álvaro Arranja
Entrada gratuita
O centenário de Bocage em 1905, insere-se num movimento iniciado em 1880 com a comemoração do centenário de Camões, de grande relevo político e cultural para a época. Mobilizou em vários locais, com especial incidência para Setúbal e Lisboa e Brasil (com especial incidência no Rio de Janeiro), um conjunto de esforços em torno da recordação da vida e obra do poeta setubalense. O livro inclui um grande número de fotos das comemorações publicadas pela imprensa da época e um prefácio de Daniel Pires.
26 Março | 21h30 | Sala José Afonso entrada gratuita
Leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
Em Voz Alta
Marcos Foz e Sebastião Cerqueira
Por Jorge Silva Melo e Nuno Gonçalo Rodrigues
Entrada gratuita
27 Março | 22h00 | Sala José Afonso
Muito Cá de Casa
Apresentação do livro “O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça”, de Ana Margarida de Carvalho
Entrada gratuita
Dois homens caminham. Um chega à terra para matar saudades do mar; outro supera um carreiro íngreme com uma carga de azeitonas. O primeiro vem vergado ao peso da vingança. O segundo ao da sobrevivência. Cruzam-se numa estrada, perdida, no Alentejo, junto à fronteira.
De Espanha chegam os ecos dos fuzilamentos e os foragidos da Guerra Civil. Transaccionam-se mercadorias, homens, mulheres e até bebés. No espaço de um dia, que medeia dois entardeceres, muitas mulheres de cabelos ensarilhados pelo vento hão-de conspirar num velho depósito de água rachado; duas amigas separam-se e unem-se por causa de um homem que se dissolve na lama. Um rapaz alentejano voltado para as coisas da existência é por todos traído, mas não tem vocação para desforras, e perde o falcão, a sua máquina alada de matar…
Duas comunidades antagónicas, que se hostilizam, guerreiam e dependem uma da outra: uma à míngua, entre vendavais e pó; outra prospera, em traficâncias várias, cercada por pântanos, protegida por um tirano local e pela polícia política, abriga todos os rejeitados pela sociedade, malteses, republicanos espanhóis, fugitivos, cuspidores de fogo, ciganos, artistas de circo, evadidas de conventos, bêbados e arruaceiros. As velhas acusações transformam-se, a guerra tem renovados motivos, a raiva escolhe outros métodos. O grito do corpo continua o mesmo, tal como o gesto que fazemos para proteger a cabeça.
19 Abril | 16h00 | Sala José Afonso entrada gratuita
Apresentação do Livro “Fábrica de Mentiras”, de Paulo Pena
Entrada gratuita
A desinformação é um processo, uma sequência de actos concebidos por alguém com o objectivo de manipular as convicções do maior número possível de pessoas.» Um pouco por todo o mundo, as infames fake news têm-se revelado um verdadeiro entrave à democracia e uma incubadora de ódio social. Seja no Brexit, na eleição de Trump ou de Jair Bolsonaro, o efeito da desinformação e das mentiras propagadas como se notícias fossem pode ter sido determinante para decidir o voto de muitos eleitores. Em Portugal, onde 63% das pessoas afirmam receber as notícias que as mantêm informadas através das redes sociais, mentiras meticulosamente plantadas no mural certo, à hora certa podem fazer a diferença num momento decisivo. Mas como chegámos aqui? Quem fabrica estas «notícias» e por que o faz? Numa investigação de fôlego em coordenação com organismos internacionais, o premiado jornalista Paulo Pena lança-se numa viagem aos bastidores das fake news, nacionais e internacionais, para nos mostrar que a era da desinformação chegou e que está nas nossas mãos.
23 Abril | 22h00 | Sala José Afonso
Muito Cá de Casa
Conversa com José Eduardo Agualusa
Entrada gratuita
28 Maio | 21h30 | Sala José Afonso entrada gratuita
Leituras de poesia portuguesa pelos Artistas Unidos
Em Voz Alta
José Gomes Ferreira
Por Maria João Luís e João Meireles
Entrada gratuita
29 Maio | 22h00 | Sala José Afonso
Muito Cá de Casa
Júlio Isidro – Lembra-me como foi
Apresentação do livro “Conta-me como foi”, de Júlio Isidro
Entrada gratuita
26 Junho | 22h00 | Sala José Afonso entrada gratuita
Muito Cá de Casa
Apresentação do livro “Os Grande Animais”, de Inês Fonseca Santos
Entrada gratuita
Música
1 Fevereiro | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB
Cátia Sá
Entrada: 4€
Dona de um fascinante laboro de investigação em redor da tradição oral, crónica social ou simples criação DIY, Cátia Sá é um segredo demasiado escondido. É pela curiosidade nata sobre o que a rodeia, e no modo de questionar as coisas, que extrai muita da essência na sua música. Usa a voz, seja em tom seco, seja recorrendo a loops e camadas sonoras, para compor mantras surrealistas ou baladas quebradas. Recorrendo a uma linguagem expressamente mestiça, folclórica na sua raiz, embora alienígena na sua forma, é um raro exemplo de liberdade criativa. Através do título de uma das suas canções, a própria consegue auto-retratar-se como ninguém: invulgar combinação.
15 Fevereiro 22h00 | Sala José Afonso
Emergências
Esteves
Entrada: 4€
Depois de passar 2 anos a viver em Sydney, Esteves – vocalista, guitarrista e letrista da banda Lisboeta Trêsporcento – trouxe consigo um conjunto de memórias e canções que decide agora partilhar. Através de folk hipnotizante ancorada na guitarra acústica, são-nos mostradas canções simples que nos falam de histórias de amor e perda inspiradas na exuberância e beleza desta cidade australiana. Para além de Esteves, participaram no disco de estreia músicos como David Santos (Flak, Márcia), João Gil (Diabo na Cruz, You Can’t Win, Charlie Brown), João Sousa e Raquel Merrelho. E o disco, que foi gravado por Bernardo Barata, Diego Salema Reis e Esteves, entre estúdios caseiros e o Bela-Flor Recording Studio, foi produzido por Esteves, misturado por Diego Salema Reis e masterizado por Neil Pickles (UK).
7 Março | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB
Maria Reis
Entrada: 4€
A carreira a solo da Maria Reis, após impetuosa vida com Pega Monstro, está em acelerada transformação e a sua música parece celebrar essa mudança em tempo real, entre irreverência das descobertas e desgostos da juventude e a serenidade e lucidez de uma vida adulta forçada pelas responsabilidades. Em termos formais, isto quer dizer que Chove na sala, água nos olhos dá-nos tanto a folia pop com canções fulminantes de fácil contágio, como a construção de filigranas acústicas que reconfiguram surpreendentemente toda a sua escrita musical. Um quase-milagre que emoldura este momento como fundamental na vida musical de Maria Reis. E o que comemoramos neste dia na Casa da Cultura num concerto especial é exactamente o encontro deste dois caminhos, como dois lados de uma mesma moeda: em palco, uma banda mostrará a genica pop da canções da Maria Reis e um ensemble clássico revelará como este pode (re)criar tudo de novo para ela e para nós.
14 Março | 22h00 | Sala José Afonso
Concerto
Tiago Sousa
Entrada: 4€
O que faz de Tiago Sousa um exemplo insular na abordagem ao instrumento é o afastamento natural face a estilos e expectativas. Demasiado mestiço para os cânones da escola erudita, nele escutamos elementos vagamente jazzísticos, referências resgatadas à filosofia oriental e uma multiplicidade de mundos entrelaçados. Trata-se pois de música genuinamente livre e libertadora na sua mais plena dimensão em que o pano do onírico adorna orgulhosamente o palco do telúrico.
21 Março | 22h00 | Sala José Afonso
Emergências
Jake Shane
Entrada: 4€
Jake Shane é um cantautor norte-americano, nascido e criado em Springfield, no estado de Illinois. Depois de ter mergulhado fundo no blues e na folk no seu dico de estreia, “Ancient Fire”, Shane mudou-se para Madrid onde lançou o segundo álbum, “Evening Sound”, mostrando como as influências melódicas da música espanhola se fundiam com a sua raiz americana. Agora, uma vez mais, Jake Shane vem a Portugal para podermos ouvir a sua música de viagem, de partilha e de encontros.
28 Março | 22h00 | Sala José Afonso
Círculo de Jazz
LAB – Pinheiro / Amado
Entrada: 4€
Ricardo Pinheiro e Miguel Amado são dois músicos com um trajecto de quase duas décadas na primeira linha do jazz nacional, que inclui dezenas de discos gravados e participações em festivais de jazz de referência. Já colaboraram como sideman em CD’s – Amado em “Song Form” (2013) de Ricardo Pinheiro, e Pinheiro em “The Long Rest” (2016) de Miguel Amado. Repartiram também, com Bruno Pedroso, a liderança do projecto “Triology”, que originou um CD com o mesmo nome (2014). Surge agora um projecto co-liderado por eles, criado de raiz, com composições de sua autoria, e para o qual convidaram dois impressionantes músicos da nova geração: Tomás Marques no saxofone e Diogo Alexandre na bateria, vencedores do prémio jovens músicos 2019 na categoria jazz. A música do quarteto é marcada pelo carácter das composições e pela energia e interacção dos quatro músicos.
10 Abril | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB
Sessa
Entrada: 4€
Fundador do grupo psych-funk Garotas Suecas e colaborador regular de Yonatan Gat, o nome de Sessa não será novo para os mais atentos à cena musical brasileira e americana. Em Grandeza, o seu disco de estreia a solo, descobriu o espaço para explorar a sua própria visão sobre aquele que é o imenso território sonoro do Brasil. Daí que não seja de estranhar que neste disco, que o mesmo classifica como uma homenagem ao seu país, se encontre a visceralidade e sensualidade da palavra (a lembrar o caminho criado por Caetano Veloso) e os arranjos melódicos de quem cresceu a ouvir Tom Jobim. Mas Grandeza não se fica por aqui. Num esforço de condensar a riqueza de ritmos e texturas da música cantautoral brasileira, descobre-se aqui um novo caminho, a apontar o futuro: o da complexa simplicidade como ponto primeiro do que é belo.
18 Abril | 22h00 | Sala José Afonso
Emergências
André Henriques
Entrada: 4€
Na abordagem da estreia a solo em disco e consequentes apresentações ao vivo André Henriques mostra uma diferenciação do que era reconhecido. Essa distinção passa por assumir uma instrumentalização mais despida do formato rock que que utiliza no seu projecto Linda Martini, ou seja, elementos como viola, pouca percussão, piano e baixo. Um combo que apresenta as canções no seu estado mais puro: voz e viola. Catalogações entre a folk, cantautor e música portuguesa apenas podem servir de ponto de partida para entender o resultado final. O álbum tem 10 músicas originais, todas escritas e compostas por André Henriques, e tem ancorado projecto vídeo que acompanha as actuações ao vivo.
25 Abril | 22h00 | Sala José Afonso
Ciclo Disrupção
Plugged In – João Silva Trompete & Electrónica
Entrada: 4€
O papel tradicional do intérprete, desenvolvido a par da evolução da arte musical ao longo dos vários períodos da História da Música, sofreu, a partir de meados do séc. XX, uma complexa revolução, particularmente respeitante à utilização de sons electronicamente produzidos ou manipulados. No caso específico do trompete, a introdução de elementos electrónicos na performance desempenhou um papel fundamental na criação de novos horizontes interpretativos e composicionais. Neste recital, a música para trompete e meios electrónicos será colocada em perspectiva, viajando por diversos universos estéticos e interpretativos, através de um percurso musical com obras emblemáticas do repertório que desafiam, de forma exponencial, as técnicas e cânones da execução instrumental tradicional. João Silva é trompetista, professor e investigador. A sua carreira, ecléctica e multifacetada, tem-se centrado particularmente na esfera da interpretação do repertório contemporâneo do instrumento. Nos últimos anos, desenvolveu um particular interesse pela música para trompete e electrónica, género que tem aprofundando e explorado, trabalhando em conjunto com compositores e realizando frequentes recitais em Portugal e no estrangeiro.
2 Maio | 22h00 | Sala José Afonso
Volta ao Mundo
Concerto
Kimi Djabaté
Kimi é considerado uma das ligações contemporâneas à preciosa herança da música tradicional griot, que emerge com seus ancestrais na região Ocidental de África. Nasceu no seio duma família pobre, mas com grande sabedoria musical. Aos três anos o balafon (xilofone africano) era o seu brinquedo, aos oito Kimi tornou-se fonte de rendimento para a família de pais griot, tocando em casamentos e baptizados, e aos dez já estudava fora na aldeia vizinha, Sonako. Interessou-se cedo também por outros estilos musicais como a dança local gumbé, o afrobeat Nigeriano, a morna de Cabo Verde e o jazz e o blues americano. Como três discos na bagagem – Teriké (2005), Karam (2009) e Kanamalu (2016) -, com excelentes críticas da imprensa internacional (Billboard, Financial Times, Boston Globe, entre muitos outros) e com excelentes resultados nas tabelas como a World Music Charts Europe, Kimi prepara agora o seu próximo disco de originais.
9 Maio | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB
Angélica V. Salvi
Entrada: 4€
Se a música é a mais abstracta das artes, será também – por isso mesmo, que não apesar de tal circunstância – aquela que melhor veicula o trânsito das emoções, as de quem toca e de quem ouve, de quem toca para quem ouve e até de quem ouve para quem toca, como se pressente algumas vezes, as que realmente valem a pena, em situações de concerto. “Phantone”, álbum a solo da harpista espanhola, mas há muitos anos radicada no Porto, Angélica V. Salvi não só evidencia essa particular condição como tem a rara faculdade de fazer com que voltemos a acreditar no ser humano. Algo que é bem difícil de experienciar no cada vez mais horrendo mundo de hoje. Neste que é, até à data, o mais belo disco saído em 2019 no nosso país (dificilmente dará lugar a outro no topo da lista que eu fizer dos melhores títulos portugueses do ano), Salvi reúne as suas diferentes valias enquanto intérprete de música contemporânea e enquanto improvisadora e junta-lhe algo mais, algo que surge entre um imaginário “folky” recuado até aos confins do tempo e uma aguda sensibilidade exploratória que recorre a técnicas extensivas, a preparações e a processamentos electrónicos de sinal para de tudo isso fazer uma invenção do futuro, ou de outro futuro que não o que se anuncia. O que ouvimos pode ser da matéria dos sonhos, mas não nos aliena. Esta é uma música redentora, uma música que salva, que faz com que ainda queiramos resistir e continuar.
16 Maio | 22h00 | Sala José Afonso
Emergências
André Turquesa
Entrada: 4€
André Júlio Turquesa procura unir as descobertas e memórias do seu alter-ego viajante de Turquoise com o André actor, músico e compositor, que agora repousa as raízes e desarruma as ideias num novo lugar. Movido pela rotina, reencontros, procura interior e experimentação, surge Orgônio, um álbum de portas abertas ao compositor multi-instrumentista, que agora cria sem olhar a meios mas abusando deles numa busca selvagem pelo que há de mais intenso nas memórias, influências, referências e suas constantes conjugações. O álbum é composto por 10 faixas com música e letra originais, reunindo temas que contemplam a participação de músicos como, Peixe, Emmy Curl, João Hasselberg, Ricardo Coelho entre outros, e onde a língua portuguesa passa a coexistir com a francesa e inglesa, com composições suas e também com poemas da autoria de Valter Hugo Mãe e Miguel Bonneville. Orgônio conta com o Apoio à Edição Fonográfica da GDA e com o selo da Planalto Records.
22 Maio | 22h00 | Sala José Afonso
Emergências
Madalena Palmeirim
Entrada: 4€
“Right as rain” marca o disco de estreia do projeto a solo de Madalena Palmeirim. Depois de ter lançado em 2015 o EP “Mondays”, apresenta agora o seu 1º longa-duração com 12 temas originais. Canções que oferecem uma viagem por diferentes cantos do mundo, com diferentes línguas, géneros e climas, passando pela morna, pelo fado, pelo rock, pelo samba. Assinando a produção deste disco, rodeou-se de vários convidados especiais – entre eles, Carlos Barretto, Francisca Cortesão, Mariana Ricardo, Miguel Bonneville e Sara Carinhas – para participarem em cada tema e para com ela fazerem a festa de um disco que já há muito queria ser.
6 Junho | 22h00 | Sala José Afonso
Concertos ZDB
Primeira Dama
Entrada: 4€
Em 2013, aos 16 anos, já depois de ter começado a tocar piano de forma autodidata, Manel Lourenço inicia-se na escrita de canções, que veio a assinar como Primeira Dama, tornando-se a sua obsessão enquanto forma estética. Provocar nos outros o mesmo que sentia ao ouvir as canções de Zeca Afonso, Fausto Bordalo Dias e de todos os outros músicos da pop e da chamada música do mundo que cresceu a ouvir tornou-se a sua principal preocupação. Em 2015, co-funda a Xita Records, editora discográfica independente pela qual edita, no ano seguinte, o seu primeiro disco, “Histórias por contar”. Em 2017 edita o seu segundo longa-duração, o homónimo “Primeira Dama”, que o estabelece como um dos mais proeminentes representante da pop e da escrita de canções da sua geração. Em 2018 dá vida ao projecto “Lena d’Água e Primeira Dama com a Banda Xita”, acabando por correr várias salas e festivais de norte a sul do país, sempre com a vontade de unir as gerações em torno da estrela pop portuguesa e das canções de ambos. Tem vindo também a trabalhar com músicos como Filipe Sambado, Luís Severo, Vitorino, Benjamim, B Fachada, Flak e o grupo da Cafetra Records. Como produtor, trabalhou os discos “Bates Forte Cá Dentro” (2018) das Ninaz, “Gaslight” (2018) de Callaz, e o segundo disco de Sreya, que se encontra em fase final de produção.
12 Junho |22h00 | Sala José Afonso
Emergências
Aníbal Zola
Entrada: 4€
É um projecto de canções em português acompanhadas pelo contrabaixo. Aníbal Zola é um contrabaixista do Porto, com formação académica em Jazz, que desde 2008 tenta utilizar a língua portuguesa como cúmplice no seu processo de composição. Em Março de 2018 lançou o seu primeiro álbum “Baiumbadaiumbé” onde se podem ouvir canções acompanhadas só pelo contrabaixo. O primeiro disco resultou de pequenas demos que o tempo fez com que se transformassem em temas do seu primeiro trabalho. É um disco com um som muito particular onde se podem sentir influências da música brasileira nordestina (há um baião e um maracatú), elementos plásticos que remetem à música de Tom Zé e ao tropicalismo brasileiro, algum rock e algum folk anglo saxónico. Em 2018 apresentou o seu álbum por várias cidades do país e passou também pela Galiza, com espectáculos a solo (contrabaixo e voz) e em trio.
20 Junho | 22h00 | Sala José Afonso
Emergências
Urso Bardo
Entrada: 4€
Nesta sua segunda encarnação, os Urso Bardo voltam a costurar uma composição cuidada, capaz de contornar com elegância os cadafalsos da aridez ou da inconsequência. Por vezes o vagar de nuvens estendidas ao entardecer. Por vezes a noite já de ruas em câmara rápida. O discurso instrumental remete-nos para as casas e inflexões da interioridade, respondendo a um certo pendor contemplativo, porém inquieto, do sangue. Ao fundo vislumbramos a tela do espaço. E há searas rendidas ao sopro interpretativo do vento. Tormentas que são a grande preparação da chegada.?? A vida e a morte inscritas no título são, no território sonoro que nos interpela, as duas forças em contenda. Se algo é construído, logo surge um corte a dizer que outra coisa havia aí afinal, que o que se erigiu está para ser desmanchado e que essa derrocada é o que conviria ver. E nós deixamo-nos levar, confiando nesses dois pés, um que avança, outro que calca. A terra queimada é uma terra viva. Encerra em si a história do fogo, a negra fulguração do que houve. Há sempre vestígios que podemos amealhar e, com eles, entregar-nos ao puro transe dos mundos possíveis. Mas é este mundo. O mundo de D. Antónia. O dia D.”
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