“A natureza está cheia de histórias emocionantes“. As palavras pertencem a David Attenborough, que assina o prefácio do livro “O Nosso Planeta” (Nuvem de Letras, 2019) – baseado na incrível série documental disponível na Netflix com o mesmo nome -, falando deste nosso lugar como uma “colecção de contos de viagens, histórias de detectives, dramas domésticos e muito mais“. Um lugar propenso a viagens, ao espanto e à emoção, mas também a perseguições e a fugas, onde os seres humanos parecem ser, “com demasiada frequência, os maus da fita“.
A rematar o prefácio, Attenborough deixa um alerta às novas gerações de leitores e cidadãos do mundo: “E prepara-te para contares a tua própria história, porque vais estar entre as próximas personagens que podem, se desejarem, contar a história mais extraordinária de todas: a do modo como as pessoas, no século XXI, tiveram o bom senso de começar a proteger o planeta Terra e todas as outras maravilhosas formas de vida com as quais o partilham“.
Maravilhas que são bem visíveis neste álbum de grande formato, que começa por nos apresentar um mapa ilustrado com os sete habitats, mundos diferentes mais intimamente ligados: América do Norte, América do Sul, África, Europa, Médio Oriente, Ásia e Oceânia. Aborda-se depois a vida nos Mundos Gelados, Selvas, Mares Costeiros, Desertos, Pradarias, Alto-Mar, Água Doce e Florestas apresentando-se, para cada um destes universos, um texto introdutório, as principais características, a sua história, uma zona de notícias rápidas, episódios curiosos e dicas para a sua protecção.
Fala-se, igualmente, na necessidade de mudança e de encontrar um futuro alternativo, eliminando-se gradualmente os combustíveis fósseis, reduzindo o consumo de carne ou criando zonas onde a pesca seja proibida. Um livro de grande formato com uma esmerada paginação, que mistura fotos de grandes dimensões – as fotos de página dupla são notáveis – com ilustrações e um bem trabalhado jogo de manchas de cor.
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