Espaços e tempos. São estes dois universos sem hipótese de medição que Pedro Carreira de Jesus promete partilhar em “Onde me criei”, uma instalação poética que pretende revisitar alguns lugares da memória, seja ela alheia ou feita de motivações pessoais do autor.
Os objectos estarão expostos ao público n`A Padaria do Povo (Lisboa) entre 4 e 18 de Maio: poemas – inéditos ou retirados do livro “Dança (a três tempos) -, molduras e fotografias de sapatos – e os próprios sapatos – encontrados num estado de abandono, que convidam o espectador a regressar à sua infância, a conhecer a de Pedro Carreira de Jesus e a vestir a pele – ou, neste caso, a calçar os sapatos – de quem deixou, para trás, uma parte de si.
A cenografia desta instalação estará ligada a três universos – a infância, o corpo e a morte -, dando corpo a uma relação quase umbilical entre a palavra e a imagem, união muito presente na poesia de Carreira de Jesus. Para descobrir numa Padaria perto de si.
Não regressarei às fugas furtivas
à procura de cerejas e de silvas
de amoras pretas repletas.
Não regressarei à ribeira
e aos seixos e peixes do rio
e aos banhos nus no rio
e à memória límpida desse rio. (…)
(Pedro Carreira de Jesus, Onde me criei, in Dança (a três tempos))
Biografia do autor
Pedro Carreira de Jesus (Tondela, 1978) estudou Ciências da Comunicação, variante Jornalismo escrito, e Gestão e Produção das Artes do Espetáculo. Trabalha com guiões de ficção. É autor do livro “Dança (a três tempos)” e da instalação poética “Onde Me Criei”, apresentada no Museu Terras de Besteiros (Tondela) e no São Mamede CAE (Guimarães) e que agora chega ao espaço A Padaria do Povo em Lisboa.
A Padaria do Povo
Rua Luís Derouet, 20 (Campo de Ourique)
https://www.facebook.com/APadariaDoPovo
Onde me criei
Inauguração: 4 de Maio, 21h00
Horários: Segunda a Sexta – 10h00 às 22h00; Sábados e Domingos – 15h00 às 22h00
Entrada gratuita
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