Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sinopse
Este é o primeiro volume da nova colecção das Obras Completas de Vitorino Nemésio. E é também o primeiro dos quatro volumes de poesia: os volumes I, II e III incluem os poemas publicados pelo autor, tanto em livro como dispersos por jornais e revistas, organizados de acordo com a data de publicação, e o volume IV reúne a poesia inédita à data da morte de Nemésio, ou publicada postumamente. (…)
O volume que o leitor tem agora na mão é, por critério editorial, dividido em duas partes: Poesia (1916-1930) e Poesia (1935-1940).
Na primeira, encontram-se os poemas anteriores a La voyelle promise, ou seja, as miudezas (nugae) de juventude: os que apareceram em edição autónoma, ou aos quais o autor conferiu um estatuto de livro— um conjunto de poemas, com uma determinada unidade interna, subordinados a um título comum —, são aqui alinhados pela ordem cronológica da publicação — Canto Matinal (1916), A Fala das Quatro Flores (1920), Nave Etérea (1922) e Sonetos para Libertar um Estado de Espírito Inferior (1930) —, seguindo-se os poemas publicados avulsos em jornais e revistas, e que foi possível encontrar, sob a designação genérica de Poemas Dispersos, eles também alinhados segundo a ordem cronológica de publicação, e ainda um poema de 1922, que ficaria inédito até 1979 (Versos Qu’o Pai que Foi p’ò Trabalho Fez à Sua Filha).
Na segunda parte vêm, como não poderia deixar de ser e tal como o autor os dispôs em Poesia (1935-1940), La voyelle promise (1935), o Bicho Harmonioso (1938) e Eu, Comovido a Oeste (1940). Em complemento, e no seu lugar natural, o leitor encontrará a melhor reflexão que alguma vez terá sido feita sobre a poesia de Vitorino Nemésio: a dele próprio, no texto Prefácio: da Poesia.
Luiz Fagundes Duarte – Coordenador Editorial da Obra Completa de Vitorino Nemésio
Sobre o autor
Escritor português natural da Ilha Terceira, nos Açores (1901-1978), Vitorino Nemésio foi professor da Faculdade de Letras de Lisboa. Colaborou na revista Presença e dirigiu a Revista de Portugal. Poeta, ficcionista, ensaísta, cronista, crítico literário, recebeu o Prémio Nacional de Literatura em 1966. De entre as suas obras, são de destacar “Festa Redonda” (1950), “Nem Toda a Noite a Vida” (1952), “O Pão e a Culpa” (1955), “O Verbo e a Morte” (1959), “O Cavalo Encantado” (1963), “Canto da Véspera” (1966), “Sapateia Açoriana” (1976) e, ainda, o romance “Mau Tempo no Canal” (1944).
Editora: Companhia das Ilhas/Imprensa Nacional
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