Admirar 100 animais e plantas do mundo marinho. É esta a proposta que a Virginie Aladjidi e Emmanuelle Tchoukriel, dupla que já inventariou dinossauros, animais, animais com cauda, aves, insectos, flores e árvores, lançam aos mais novos com o “Inventário Ilustrado dos Mares” (Kalandraka, 2019), um catálogo de fauna e floras marinhas.
Em jeito de introdução, as autoras chamam a atenção para a ameaça da exploração pesqueira excessiva, a poluição e o desaparecimento dos habitats, bem como as alterações climáticas e a acidificação dos oceanos.
Virgine Aladjide identifica cada um dos animais presentes neste inventário com o seu nome comum e científico, cabendo a Emmanuelle Tchoukriel representá-los com ilustrações feitas a rotring e tinta da China e coloridas a aguarela, com um cunho naturalista e uma veia científica.
Entre os 100 eleitos estão, por exemplo, o Dugongo, que ingere até 40 Kg diários de vegetação; o Polvo, único no reino dos invertebrados por ser capaz de aprender e memorizar; o Náutilo, muito difícil de encontrar, mas que anda por cá há qualquer coisa como 400 milhões de anos; o Búzio, cujo corante segregado pela sua glândula serviu na Antiguidade para tingir os tecidos mais luxuosos; o Lagostim, que só se atreve a sair para as refeições quando há pouca luz; ou o Caranguejo-Fantasma, uma espécie de Bowie das profundezas, com uma pinça maior do que a outra. Ou estranhas coisas como a Esponja-Miolo-de-Pão, o Botrilo-Estrelado ou o Pepino-do-Mar.
Como escreve Aladjidi no prefácio, que esta leitura ilustrada seja um “bom mergulho pelo mundo do silêncio e da espuma!”.
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