É uma daquelas séries que, de volume para volume, tem subido claramente a fasquia, afastando-se pé ante pé de um fantasma chamado The Walking Dead, série da qual Robert Kirkman é também argumentista – e que deu origem a uma série que parece não querer acabar.
“Sob a Asa do Diabo” (G. Floy, 2018) é o quarto volume da série Outcast, arrancando com uma situação de cativeiro na qual Kyle se vê confrontado com palavras de Sidney que são puro bullying: “És um público cativo… e eu vou aproveitar-me disso”.
Sidney não se chega à frente como o diabo que parece ser, mostrando perante Kyle, um mal necessário para o lado negro, uma ténue devoção: “A tua luz guia-nos, e tens poder sobre nós, e dás-nos poder. Estamos entrelaçados de várias formas. Porque tu, os teus e os meus, vimos do mesmo lugar”.
Amber, a filha de Kyle, é convidada a mudar de escola para explorar as suas habilidades especiais, enquanto Brian, o marido de Rose, procura uma fuga a uma possessão das grandes.
Neste quarto volume começam também a ser desvendados alguns dos segredos, com um final em lume brando que, para além de deixar água na boca para o próximo volume, apresenta pela boca de um inesperado personagem o que certamente está para vir: “As coisas têm de ficar piores , antes de melhorarem… É assim que funciona”.
As ilustrações de Paul Azaceta e todo o trabalho gráfico são exemplares, com constantes grandes planos dos quais saltam pormenores que são encaixados nas páginas como selos dedicados à BD.
Sem Comentários