Como manda a tradição, o Deus Me Livro apresenta aos leitores os títulos que as editoras prepararam para o assalto às livrarias nestes primeiros meses de 2019. Seguem-se as novidades cozinhadas pela Temas e Debates, à boleia de sinopses e press releases.
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Neste primeiro trimestre do ano, a Temas e Debates marca presença com livros de temáticas tão ricas quanto distintas, que vão desde a filosofia à economia, à sociologia, à psicologia, desde a história até à literatura, levando até aos seus leitores tanto sucessos internacionais como obras de autores de renome da língua portuguesa.
O primeiro livro da Temas e Debates a chegar às livrarias este ano é o “Os Leitores Perguntam, Padre António Vieira Responde”. Vieira ousa, com a palavra e com a vida, afrontar os problemas dos homens e das mulheres do seu tempo, mas também os do seu país e os da humanidade no seu todo. Com este livro dá-se a conhecer de modo selecto e acessível aos leitores de hoje o essencial do seu pensamento universalista, que as ajudará a responderem aos desafios da actualidade. Esta é uma obra com organização de Aida Lemos, Joana Pinho, José Eduardo Franco e Porfírio Pinto.
Ainda em Janeiro, os leitores poderão encontrar nas livrarias “Carlota Joaquina e Leopoldina de Habsburgo: Rainhas de Portugal no Novo Mundo”, da autoria de António Ventura e Maria de Lourdes Viana Lyra, biografia de D. Carlota Joaquina, mulher do príncipe regente, o futuro D. João VI, que se tornou rainha de Portugal já no Novo Mundo, e daquela que veio a ser a sua nora, D. Leopoldina de Habsburgo, mulher de D. Pedro IV, imperatriz do Brasil e rainha de Portugal.
O mês de Fevereiro não podia começar de forma melhor: Nélida Piñon, uma das mais importantes escritoras da língua portuguesa, traz-nos “Uma Furtiva Lágrima”, um livro de memórias com uma escrita luminosa. Trata-se de uma narrativa de impressões sobre a vida e a morte, sobre as relações humanas, o amor, a paixão, a pertença, num exercício literário de rara beleza. Segundo a autora, “Escrever é o que sei fazer. Narrar me insere na corrente sanguínea do humano e me assegura que assim prossigo na contagem dos minutos da vida alheia. Pois nada deve ser esquecido, deixado ao relento. Há que pinçar a história dos sentimentos a partir da perplexidade sentida pelo homem que na solidão da caverna acendeu o primeiro fogo”.
“Factfulness” é outra das novidades do início do mês. O livro, da autoria de Hans Rosling, explica as dez razões pelas quais estamos enganados acerca do mundo – e porque é que o mundo está melhor do que pensamos. Para Bill Gates, este é um dos livros mais importantes que já leu, considerando-o “um guia indispensável para pensar com clareza acerca do mundo”. Trata-se de uma obra inspiradora, cheia de histórias, um instrumento essencial para mudar a nossa opinião e ajudar-nos a responder às crises e oportunidades do futuro.
Na mesma altura chega às livrarias “Para Que Serve a Filosofia?”, um livro de Mary Midgley, que responde a esta e outras perguntas provocadoras, nas suas mais variadas formas de ansiedades intelectuais e confusões, ensinando-nos como lidar com elas. Ao fazê-lo, dá-nos um livro crítico na defesa da filosofia e da vida da mente. No desenvolver desta sua magistral defesa do campo filosófico leva-nos pelos caminhos e debates sobre ciência e desenvolvimento tecnológico, demonstrando como necessitamos da filosofia para nos ajudar nos grandes questionamentos.
O segundo mês do ano encerra com “Talento Rebelde”, de Francesca Gino, um livro imprescindível para as lideranças. Neste livro, a autora dá aos seus leitores informação sobre a sua vida profissional e pessoal de modo a conseguir uma vida mais feliz, alcançando objetivos que poderiam parecer impossíveis. Apresenta seis ingredientes para exercitar este talento. A autora apresenta no livro diferentes estratégias para o uso dos mencionados ingredientes, não sendo necessário começar tudo de novo, é importante introduzir mudanças simples e deixar que a curiosidade seja um motor de mudança.
Já em Março, a grande especialista e superestrela da economia Mariana Mazzucato traz-nos o livro “O Valor de Tudo”. Quem verdadeiramente cria valor no nosso mundo? E como decidimos sobre valor? No cerne da presente crise financeira e económica que atravessa o mundo, este é um problema escondido aos nossos olhos. No capitalismo moderno a extração de valor é reconhecida como mais importante que a criação de valor. Desde empresas dirigidas apenas para maximizar o lucro dos accionistas até ao valor astronómico dos preços dos fármacos justificados pelas grandes farmacêuticas que perderam a noção do verdadeiro significado de valor. Mariana Mazzucato defende neste livro apaixonante que se queremos reformar o capitalismo, temos urgentemente de repensar de onde vem a riqueza. Só assim chegaremos a um capitalismo sustentado que sirva a todos.
No ano em que se celebra o quinto centenário da viagem de circum-navegação e a chegada do Homem à Lua, eis que chega às livrarias portuguesas “Diário de Fernão de Magalhães”, do antropólogo e historiador José Manuel de la Fuente. Magalhães estabeleceu pela primeira vez os limites do mundo e do seu contorno esférico e, a par com Armstrong ter pisado pela primeira vez a superfície de um astro exterior, foi um acontecimento com uma transcendência extraordinária para a ciência e para a própria humanidade.
Em “Breve História da Ideologia Ocidental“, Rolf Petri criou um variado registo temático de assuntos que incluem religião, colonialismo, raça e género, essenciais à compreensão do mundo contemporâneo. Neste livro revela aos leitores como a linguagem política do quotidiano está carregada de representações ideológicas do mundo e explica isso numa abordagem narrativa de grande simplicidade. Da secularização da Europa, ao projeto civilizacional do Iluminismo, até às preocupações contemporâneas com as catástrofes ecológicas e o fim da história.
Para encerrar o terceiro mês do ano, o historiador Diogo Ramada Curto traz-nos «”História, Arte e Literatura“, um livro composto por uma selecção de notas e ensaios de história cultural escritos na última meia dúzia de anos. Nele, o autor escreve sobre história, arte e literatura, para públicos alargados, com a convicção de seguir uma linha de intervenção crítica e sem abdicar de instrumentos de prova e de análises rigorosas. O que equivale a dizer que o grande público necessita de ser respeitado nas suas exigências de conhecimento histórico e de não ser reduzido a um conhecimento leve e superficial das matérias.
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