Um livro com banda sonora para as mais novas e futuras gerações, onde as músicas, ao invés de virem gravadas num CD, podem ser ouvidas em qualquer telemóvel a partir da digitalização de um QRCode, ou dando um pulo ao site da editora (ouçam-na aqui).
Preparem-se para “O Grande Mergulho” (Editorial Bizâncio, 2018), um daqueles livros tão, tão grandes que, depois de o terminar, irá passar uns minutos valentes a olhar para as estantes, indeciso sobre onde o colocar – a não ser que, na biblioteca, tenha aquela sempre útil prateleira dedicada aos livros difíceis de arrumar.
As ilustrações de dupla página, que aqui resultam num quase A2, são de cores vibrantes, com recurso ao verniz para fazer sobressair o Sonarus – o submarino-rei desta viagem pelo fundo do mar – ou outros pormenores que fazem deste livro um aquário vivo.
É também uma aula sobre “peixaria” – há sardinhas, atuns, cachalotes, golfinhos, camarões, cavalas, chocos, lulas e polvos -, onde se responde à pergunta atirada, a certa altura, por um anónimo habitante da profundidade: “Mas o que faz ela debaixo de água, esta máquina vinda lá de cima?”. Pois bem, o Sonarus veio para escutar o que se passa no fundo do mar.
Temos aqui o mar luminoso mas também o mar obscuro, o “negrume do abismo”, onde dominam as medusas, as borboletas-do-mar ou as lulas-vampiro. Ouvem-se tempestades, põe-se o dedo em águas polares, acabando tudo num mar quente onde todos parecem estar felizes. Vão-se preparando para que, depois disto, os mais pequenos vos peçam umas aulas de mergulho para quando o bom tempo regressar.
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