Continua a bom ritmo a exploração Marvel da Galáxia Stars Wars, com o dedo de Jason Aaron, Jorge Molina e companhia. Neste “Star Wars 4” (Planeta, 2018), continuamos a conhecer o diário do mestre Obi-Wan Kenobi, que relata ao pormenor as suas aventuras durante o tempo em que esteve escondido em Tatooine, incluindo o salvamento de Luke Skywalker dos rufias assassinos de Jabba, o Hut. Dá-se, também, a entrada em cena de Krrsantan Negro, o infame wookie caçador de recompensas, enquanto novas esperanças são forjadas “em sangue, fogo e areia. E em céu”.
Já no tempo presente, o implacável Sargento Kreel, antigo espião conhecido pelo nome de Gamemaster e líder da infame Lua de Contrabandistas Nar Shaddaa, torna-se líder de uma missão onde, juntamente com um grupo de stormtroopers de elite escolhidos a dedo, tentará eliminar do mapa as forças rebeldes e, acima de tudo, Luke Skywalker, a bordo do destruidor Estelar Harbinger – uma arma de guerra indestrutível e alvo da cobiça dos rebeldes.
O leitor tem bilhete assegurado para uma viagem a Chagar IX, um planeta que gira à volta das arenas de combate, onde em tempos Gamemaster “estava condenado a morrar na arena, como o meu pai, a minha mãe e todos os que conhecia. Até à chegada dos stormtroopers”.
Enquanto isso, Luke, Leia e Solo divertem-se a fazer uma emboscada a um Star Destroyer estelar do império, utilizando artimanhas que deixariam orgulhoso um Tom Cruise vestido de astronauta para uma missão impossível espacial.
Os desenhos de Molina são um misto de frames arrancados ao grande ecrã e o retocar de fotos na parte do diário, mudando depois para o negrume habitual do universo Star Wars, dando corpo à acção desenfreada sugerida por Aaron.
Para o final há ainda “Um Dilema de Dróide”, assinada por Chris Eliopoulos e Jordie Bellaire, uma deliciosa história com ar de segunda infância passada em Reamma, um planeta da orla exterior onde R2-D2 ganha um merecido destaque.
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