Mulheres que enfrentaram a Máfia, Democracias em estado vegetativo, o Ministério da Guerra Suja de Churchill e o bullying nas redes sociais fazem parte do cardápio da rentrée a ser servido pela Vogais.
Setembro
“As Boas Mães: A História Verdadeira das Mulheres Que Enfrentaram a Máfia Mais Poderosa do Mundo” | Alex Perry
A máfia calabresa, conhecida como ‘Ndrangheta, é uma das organizações criminosas mais ricas e cruéis do mundo, com ramificações que se estendem à América e à Austrália. Controla 70% do tráfico de cocaína e heroína na Europa, gere redes de extorsão, distribui armas ilegais e rouba fundos do Estado italiano e da União Europeia. O seu poder assenta num código de silêncio, aplicado por uma hierarquia familiar claustrofóbica e por um sexismo assassino. Quem governa são os rapazes e os homens. As raparigas são usadas em casamentos para fortalecer alianças. Os espancamentos são a rotina. Uma mulher que seja «infiel», mesmo que a um marido morto, pode ser morta pelo filho, irmão ou pai, para lavar a honra da família. Quando Lea Garofalo desaparece, em 2009, depois de testemunhar contra o marido mafioso, a procuradora Alessandra Cerreti dá-se conta de que a intolerância da ‘Ndrangheta pode ser a sua maior fraqueza. E de que a chave para derrubar este império criminoso reside na libertação das suas mulheres.
Alex Perry é correspondente, autor e argumentista. Escreveu Falling Offthe Edge, Lifeblood e The Rift. Durante 15 anos, viveu e trabalhou na Ásia e em África, especializando-se na investigação de conflitos, corrupção e crime organizado para reportagens da Time e Newsweek, entre outras publicações. Vive atualmente em New Hampshire, Inglaterra.
“Como Morrem as Democracias” | Steven Levitsky e Daniel Ziblatt
A presidência de Donald Trump veio levantar uma questão que muitos nunca pensaram colocar: a democracia norte-americana está em perigo? Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, ambos professores em Harvard, dedicaram mais de 20 anos ao estudo da queda de democracias na Europa e na América Latina, e acreditam que a resposta para essa pergunta é «sim». As democracias já não se desmoronam mediante uma revolução ou golpe de Estado, caem aos poucos, através do enfraquecimento das instituições fundamentais, como os tribunais e os órgãos de comunicação social, e do desgaste gradual de normas políticas de longa data. Mas nem tudo está perdido. O autoritarismo pode ser revertido. Apoiados em décadas de pesquisa e apresentando vários exemplos históricos pelo mundo (Hungria, Turquia, Venezuela, Peru, entre outros países), os autores mostram como morrem as democracias e de que modo se poderá salvar a democracia norte-americana.
Steven Levitsky e Daniel Ziblatt são professores na Universidade de Harvard. A área de estudo de Steven Levitsky centra-se na América Latina e no mundo em desenvolvimento. É autor de Competitive Authoritarianism e já foi galardoado com numerosos prémios na área do ensino. Daniel Ziblatt estuda a Europa desde o período do século XIX ao presente. É autor de Conservative Parties and the Birth of Democracy. Ambos escrevem para a Vox e para o New York Times, entre outras publicações.
“A Guerra Suja de Churchill” | Giles Milton
Na primavera de 1939, nasceu em Londres uma organização secreta com o objetivo de planear a destruição da máquina de guerra de Hitler através de espetaculares atos de sabotagem. A campanha de guerra de guerrilha que se seguiu revelou-se tão extraordinária quanto os homens que a dirigiam. Um deles era Cecil Clarke, um engenheiro que ganhou fama na década de 1930 como designer de caravanas futuristas. Aplicando os seus talentos a outra área, foi ele o inventor das minas flutuantes, bem como da bomba usada para matar Reinhard Heydrich, o Carniceiro de Praga. Outro dos homens era William Fairbairn, um reformado corpulento que demonstrou ser especialista na arte de matar silenciosamente e que tinha como responsabilidade preparar os agentes que eram largados de paraquedas atrás das linhas do inimigo. Liderados pelo arrojado escocês Colin Gubbins, estes homens – juntamente com outros três – foram escolhidos por Churchill, pela sua criatividade e desprezo pelas regras de cavalheirismo, para formarem o seu Ministério da Guerra Suja. Relatada com o entusiasmo e atenção aos pormenores de Giles Milton, esta talvez seja a última grande história por contar da Segunda Guerra Mundial.
Outubro
“Quem Vamos Queimar Hoje? Como a Inquisição Digital Está a Matar a Diversidade de Ideias” | Nelson Nunes
Depois de Isto Não É Um Livro de Receitas e Com o Humor Não se Brinca, o jornalista Nelson Nunes está de volta com um livro sobre bullying nas redes sociais que promete dar que falar.
Nelson debruça-se sobre vários casos de public shaming nas redes sociais, tendo entrevistado Ricardo Araújo Pereira; Maitê Proença; Jovem Conservador de Direita; José Cid; Cátia Domingues; Rui Sinel de Cordes; Diogo Faro; Carolina Patrocínio; Gonçalo Morais Leitão e Maria João Marques.
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