Jonathan Black, pseudónimo de Mark Booth, é um escritor britânico, nascido em 1955, que estudou filosofia e teologia na Ipswich School e na Oriel College, em Oxford. Trabalha no ramo editorial há mais de 20 anos, sendo hoje responsável pela Century, uma chancela da Random House UK. Pesquisador nato da história filosófica pretérita e frequentador atento e assíduo de alfarrabistas, publicou também a “História Secreta de Dante e a “História Sagrada”.
“História Secreta Do Mundo” (Alma dos Livros, 2018) é um livro que resgata o conhecimento ancestral da filosofia esotérica ocidental (que deveria ser apenas conhecida pelos iniciados) e que, nessa perspectiva, reescreve a História das Civilizações e a própria História da Humanidade, seguindo uma visão alternativa dos acontecimentos (porque sustentada na mística e na filosofia idealista dos autores e dos seguidores das doutrinas e das sociedades secretas), tecendo e entrelaçando temas como a História, o Metafísico, a Moral e a Filosofia.
A viagem esotérica que o autor nos propõe, sustentada sobretudo na obra do visionário moderno Rudolf Steiner, baseia-se em numerosos documentos e fontes idóneas e diversificadas que Black enuncia no final da obra – no capítulo do crédito das ilustrações e na nota sobre as fontes e a bibliografia seleccionada -, dando-nos a conhecer os grandes mistérios e os grandes ensinamentos que acompanharam a humanidade desde o início dos tempos até à actualidade. Uma das críticas publicadas sobre este livro refere com notável acuidade que, ”depois de lermos História Secreta do Mundo, compreendemos o sentido de tudo. Relacionamos Osíris, Siddhartha, Atena, Mitra, os Templários, John Dee, Tolstói, os Maçons, Jung, Lenine, C. S. Lewis, Philip K. Dick e Lewis Carroll no seu mundo do outro lado do espelho”.
Jonathan Black escreve no prefácio que este livro “é um murro na cara dos sabichões que compõem a nossa elite intelectual, dos maníacos do controlo que gostariam de decidir o que é aceitável que todos nós pensemos e acreditemos. (…) Falar de qualquer forma de espiritualidade é correr o risco de se ser gozado como um pouco louco. (…) No entanto há muitas pessoas inteligentes e sinceras (…) interessadas nela – na Angelologia, na Alquimia, na Cabala, no ioga, nos chacras- e que têm curiosidade relativamente a grupos como os Rosacruzes. (…) Tentei afastar-me da ideia actual de que as sociedades secretas são cabalas de velhos maléficos que conspiram para dominar o mundo. Digo antes que estes homens e mulheres, jovens e velhos, são guardiões de correntes antigas de espiritualidade menos conhecidas que podem ter algo de importante para nos dizer- principalmente agora que a religião organizada falha em inverter a corrente do materialismo”.
O livro mostra ao leitor a grande verdade de que a imaginação é uma forma de ver as coisas que são reais e também que “a imaginação é um órgão da visão que pode ser treinado”, tal como a treinaram Maria Madalena, Leonardo Da Vinci, Newton, William Shakespeare, Napoleão, George Washington, Gandhi ou João Paulo II, entre muitas outras pessoas que fizeram História. A grande proposta é colocarmo-nos, enquanto leitores que querem compreender o conhecimento das antigas escolas de Mistérios e das sociedades iniciáticas – tais como as dos Templários, as dos Maçons, as dos Rosacruzes ou dos Illuminati -, na perspectiva da existência da mente-antes-da-matéria, e não como é como é apanágio da ciência: a existência da matéria-antes-da-mente.
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