O sexto volume do mangá One-Punch Man, com argumento de One e desenho de Yusuke Murata, começa desde logo com um aviso que, à boa maneira japonesa, ganha o ar de um entusiasmante teaser: “Neste volume o número de personagens aumentará. O que irá acontecer? Não percam!“.
Silver-Fang é o mestre de um grupo de heróis – ou candidatos a isso – conhecidos como a Classe S, um tipo que “controla o inimigo com movimentos fluidos e com golpes torrenciais esmaga rochas gigantes“. Um mestre que não perdeu tempo e que, à tareia, despachou Garou, até então o seu melhor discípulo, por este ter incapacitado vários colegas seus muito habilidosos.
Neste volume estamos em estado de emergência, isto depois de, momentos antes da sua morte, a vidente Shibabawa – que antecipava sempre com grande sucesso terramotos ou ataques de monstros – ter deixado uma negra profecia: “A Terra está em perigo!” A verdade é que, minutos depois de terem lido este aviso, uma nave carregada de extra-terrestres destrói praticamente toda a cidade, excepção feita ao edifício onde a Classe S se encontrava a discutir o futuro do planeta, de lá saindo, por exemplo, um monstro de sete cabeças, qualquer coisa como uma hidra com a capacidade de se dividir em muitos seres viscosos – ou, se preferirem, em esqueletos gelatinosos.
Quanto ao boss dos extra-terrestres dá pelo nome de Boros, alguém bastante estiloso e com ar de ciclope, que é também o líder do grupo de ladrões conhecido como Dark Matter, e que tem a reputação de dominar todo o universo.
O desafio colocado aos heróis da Classe S roça assim o épico, mas todos os olhos do leitor estarão postos em Saitama, um tipo com calma para dar e vender que, segundo o mestre, é muito talentoso, prevendo-se que chegue rapidamente ao topo. Porém, a juntar ao seu ar de nenuco pouco dado à violência, Saitama tem o dom de mandar bocas ao lado, como quando, no momento em que é apresentado ao lendário Samurai Atómico, deixa escapa um “Este homem de meia-idade também é um herói?“. Ou, ainda, o facto de muitas vezes se trocar todo no que diz respeito à gramática – dizendo por exemplo “dominó” em vez de “domina” -, o que em muitos contextos gera diálogos surreais e com bastante piada.
A rematar este volume onde a adrenalina corre em modo non-stop, é servida uma história extra sobre uma tentativa de suicídio que sabe verdadeiramente a salmão.
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