Para quem não acompanhou o primeiro número de Os Azares de Max Crumbly, escrito por Rachel Renée Russell, fica um pequeno resumo: depois de ter sido projectado a uma velocidade considerável pelas tubagens de ventilação da Escola de South Ridge, Max Crumbly aterrou em cima da Pizza da Desgraça, ficando cercado por três rufias que planeiam roubar os computadores da escola. Ele que é uma constante vítima de bullying, sobretudo de Doug, o rufia da escola que tem como passatempo preferido enfiar Max no cacifo da escola.
É o próprio Max quem resume o cenário de estranheza onde se conseguiu enfiar: “Eu sabia que a Escola Básica ia ser um desafio, mas nunca pensei acabar morto na sala de informática, com um fato de super-herói e quatro fatias de pizza presas ao rabo!”
Como qualquer jovem da sua idade, Max tem grandes planos para o futuro, apesar de uma timidez de todo o tamanho: ganhar milhões como rapper, ser piloto de carros ou um profissional à séria dos videojogos. Até porque, se correr mal, poderá sempre ir virar hambúrgueres para o fast food mais próximo de casa.
Para escapar a esta situação delicada, onde antes de pensar em chamar a polícia tem de recuperar uma valiosa BD do pai que está nas mãos dos ladrões, Max conta com a ajuda à distância de Erin, uma miúda com quem tem uma relação de tons platónicos e que, servindo-se dos seus skills de hacker, de sacar efeitos de luz e de som, vai ajudando Max a escapar nos momentos mais complicados.
Neste “Caos na Escola Básica” (Gailivro, 2018), usam-se “bués” e “becas” como se não houvesse amanhã num livro onde, a certa altura, Max recorda o seu fascínio pelas Tartarugas Ninja, bem como o seu sonho de ter uma com pelo menos 1,82 metros. “E que comesse pizza, vivesse num esgoto, agisse como um adolescente e praticasse artes marciais. E vestisse roupas fixes, tipo militar, lenços, botas e correntes de ouro“. Coisas de um adolescente que se transformou num herói improvável.
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