Quem nunca, depois de serem tiradas do descanso da corda, andou a tentar casar pares de meias, já de olhos trocados sem conseguir distinguir entre as azuis escuras e as pretas? Em “A Meia Perdida” (bruáa, 2017), porém, o problema é outro: na corda da roupa instalada na casa de banho estão lá as meias vermelhas e brancas às riscas e, também, as azuis com bolinhas brancas mas, quanto às vermelhas lisas, o par não está completo.
As duas irmãs partem então à caça da meia desaparecida mas, ao invés de abrirem gavetas, procurarem debaixo das camas e entre os lençóis ou mesmo dentro da máquina de lavar, seguem uma pista reveladora: um fio de lã que parece desenrolar-se eternamente.
Pelo caminho irão encontrar diversas personagens, como um coelho amante de chá, um esquilo que adora ler, um urso adormecido ou uma senhora que gosta de fumar cachimbo.
Trata-se de um livro sem palavras e desenhado unicamente a duas cores – laranja e azul -, repleto de cortantes que servem de pontes entre as páginas e os diversos cenários onde, numa busca pela meia laranja, se dá atenção a objectos e outros pormenores, numa aventura pela floresta que irá conduzir a uma surpresa final.
Sem Comentários