E eis que chega ao fim a primeira série do Homem-Aranha onde, à semelhança do número anterior, este junta forças a Deadpool, para constituírem algo que poderia entrar nas enciclopédias de super-heróis como “A Dupla Maravilha” (Goody, 2017). Porém, ao contrário do que havia acontecido anteriormente, as coisas correm agora sobre rodas, provavelmente por terem decidido dar descanso à história do Paciente Zero, que pouco acrescentou ao universo de cada um deles.
Neste volume de encerramento, cada uma das histórias é precedida de uma pequena palestra dos dois super-heróis, cada um deles sentado numa poltrona, envergando um muito estiloso roupão: o Aranha bebendo coca-cola e Deadpool sorvendo algo que, pelo aspecto, deverá ter pelo menos 40 graus. Ou, ainda, e dado que esta edição respira espírito natalício, somos prendados com as cartas que ambos escreveram ao Pai Natal.
Em “O Filme da Nossa Vida”, Deadpool é convidado para ser um duplo de si próprio, num filme que estão a rodar sobre si próprioem Hollywood. E quem melhor que o Homem-Aranha para ser o seu produtor associado, num universo onde Donald Dryans, o galã estrela, quer ter mais cenas onde possa mostrar o rabo?
Temos também uma história perdida, com o grafismo a respirar o barril de pólvora que rebentou na América nos anos sessenta, onde se simula o primeiro encontro entre o Aranha e Deadpool, no confronto de opiniões sobre acabar ou não com a Guerra do Vietname – e onde Deadpool recria o mantra de vida do Aranha: “Com grande riqueza vem grande poder“.
Veremos ainda Deadpool a jogar o mundial de Poker num confronto desleal com os argumentistas, onde estranhamente parece ter feito um voto de silêncio, ou a dupla a tentar trazer à razão Saturno, pai do tempo e deus das sementeiras, que aparece bastante irritado por lhe terem roubado o Natal – isto depois de Deadpool ter organizado uma festa de Natal não oficial dos Vingadores da qual foi expulso por ter oferecido uma t-shirt ao Gavião Arqueiro com estes dizeres: Eu matei o Hulk e tudo o que ganhei foi esta reles t-shirt.
Para o final estão reservadas três histórias criadas por alguns nomes sonantes da indústria dos comics e da televisão, num número que apresenta um festival de piadas com pérolas como estas: “O Banner vai regressar! Os bons voltam sempre. Olhem o Cap, ela já morreu mais vezes que o Kenny do South Park“; ou ainda “Parece um daqueles porteiros do Urban“.
O primeiro número da Série II do Homem-Aranha já chegou às bancas, com o regresso do Chacal e o início da saga A Conspiração dos Clones.
Inclui:
Spider-Man/Deadpool (2016) #6 – Por Scott Aukerman, Reilly Brown e Jason Keith
Spider-Man/Deadpool (2016) #7 – Por Gerry Duggan, Scott Koblish e Val Staples
Spider-Man/Deadpool (2016) #11 – Por Penn Jillette, Scott Koblish e Guru-EFX
Spider-Man/Deadpool (2016) #12 – Por Nick Giovannetti, Paul Scheer e Todd Nauck
Amazing Spider-Man Annual (2016) #1 – Por Humberto Ramos, Christos Gage, Francisco Herrera, James Asmus, Cory Smith, Wayne Brady, Jonathan Magnum, Bruno Oliveira, entre outros
Sem Comentários