“Sou uma nuvem que desliza entre as fissuras da tua existência“. As palavras pertencem a Jagang, um viajante dos sonhos que utiliza o tempo que decorre entre os pensamentos e os sonhos dos homens para os dominar e que, juntamente com os mercenários fanáticos de uma seita conhecida como Sangue da Virtude, se dedica a caçar e a abater todos os portadores de magia. A sua missão, pelo menos a mais imediata, é a de se apoderar do Palácio dos Profetas e das profecias guardadas nas suas galerias subterrâneas.
Verna, que inesperadamente se tornou na Madre Confessora, recebe uma inesperada ajuda de um mundo que julgava morto: de Ann, sua predecessora, e de Nathan, profeta e um dos filhos do Criador, com quem fala através de livros mágicos que comunicam à distância – uma espécie de chat para feiticeiros. Para descobrir as irmãs da luz que lhe são fiéis e as que entregaram a alma ao Guardião, Verna que terá de largar os livros de contabilidade e aprender a delegar tarefas.
Richard é, diz-se, o feiticeiro guerreiro que irá liderar um dos lados até à batalha final, ainda que sem garantia de vitória. Depois de ter assumido o comando d’Hara, dissolveu a aliança da Terra Central e exigiu a rendição de todas as terras. Kahlan, Zed e Cyrilla, a meia-irmã de Kahlan, tentam fazer Ebssinia renascer das cinzas enquanto mantêm o anonimato.
Uma das chaves para impedir Jagang de dominar o mundo poderá estar em Alric Rahl, um dos muitos que tentaram descobrir uma maneira de impedir que os viajantes dos sonhos consigam entrar na mente das pessoas, e talvez o único a tê-lo conseguido – ainda que apenas em proveito do seu povo.
“O Sangue da Virtude II” (Porto Editora, 2017), de Terry Goodkind, é o sexto livro da saga A Espada da Verdade, uma fantasia épica com uma boa trama, guerra, traição e muita magia, que tem melhorado a cada livro como se embebida em Vinho do Porto. Ao revelar a terceira regra dos feiticeiros, “a paixão controla a razão“, o livro antecipa aquilo que será de esperar no próximo volume, uma viagem ao mundo antigo narrada por Zedd: “Tudo começou há muito tempo, na guerra antiga, quando foram criados aqueles a quem chama viajantes de sonhos“.
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