Depois de “A Joaninha Resmungona”, “Sonho de Neve”, “O Artista que Pintou um Cavalo Azul”, “Amigos”, “O Senhor Cavalo-Marinho“, “Papá, Por Favor, Apanha-me a Lua”, “10 Patinhos de Borracha”, “A Lagartinha muito Comilona” e “O Grilo Muito Silencioso“, a Kalandraka publica de uma assentada mais dois títulos do ilustrador Eric Carle: “Da Cabeça aos Pés” e “Queres Brincar Comigo?“, ambos apontados à primeira infância – estão recomendados para crianças a partir dos 2 anos de idade.
Em “Da Cabeça até aos pés”, os animais vão mexendo os seus corpos de formas muito diferentes, tal como os humanos, mas de forma bem mais divertida. Por aqui passam o gorila, o camelo, o pinguim ou o búfalo, cada um deles perguntando ao leitor se consegue fazer coisas tão esquisitas como virar a cabeça, levantar os ombros, bater no peito ou contorcer as ancas.
A ideia é que o leitor se deixe levar por estes movimentos artísticos e os copie, numa ginástica de exploração do corpo que, ao invés da perda de calorias, conduzirá à fabricação de gargalhadas, preferencialmente num exercício familiar.
Quanto a “Queres Brincar Comigo?”, acompanham-se a demanda de um ratinho na tentativa de encontrar um companheiro de brincadeira, o que se afigura bastante complicado: um tem de pentear a juba, outro espera por uma galinha e outro ainda que catar piolhos.
O livro é, também, um jogo, uma vez que caberá ao leitor identificar de que animais se tratam pelo seu apêndice final – ou seja, pelas pistas deixadas por escamas, plumas ou cauda. Este exercício de adivinhação estende-se desde o princípio do livro, uma vez que há um animal escondido logo na primeira página que apenas será revelado depois de todos os outros.
Ambos os livros, de edição cartonada e plastificação brilhante, contam com ilustrações coloridas, muitas texturas e uma variedade de formas que nos chega através de colagens – tudo traços bem característicos de Eric Carle.
Autor de mais de 70 livros, Eric Carle começou a ilustrar em 1967, depois de trabalhar numa agência publicitária. Estudou na prestigiada escola de arte “Akademie der Bildenden Künste”, na Alemanha, país onde residiu na sua infância. Regressou à América em 1952, onde trabalhou como designer gráfico no The New York Times. O primeiro livro de sua completa autoria foi “1, 2, 3 to the Zoo” (1968), ao qual se seguiu “The Very Hungry Caterpillar”. Foi galardoado com os prémios da Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha, da Associação de Livreiros Infantis e da Associação Americana de Bibliotecas. A certa altura afirmou: “Creio que a passagem de casa para a escola é o segundo maior trauma da infância; o primeiro, certamente, é nascer. Em ambos os casos trocamos um ambiente caloroso e protector por outro desconhecido. Acredito que as crianças são criativas por natureza e capazes de aprender. Nos meus livros tento minimizar esse temor, substituí-lo por uma mensagem positiva. Quero mostrar-lhes que aprender é realmente fascinante e divertido”.
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