Depois de terem sacado as melhores deixas para escapar aos quase sempre chatos trabalhos de casa e justificar as chegadas tardias às salas de aula, David Cali e Benjamin Chaud embarcam agora numa visita de estudo a um museu muito especial, repetindo como protagonista o pequeno e aventuroso Henrique.
Uma professora, olhando-o com um ar sério sobre os óculos vermelhos e as mãos nas ancas, pergunta-lhe como quem não quer a coisa: “Então, o que achaste da visita de estudo ao museu, Henrique?“. A resposta, que não começa com um “Perdi-me no Museu Porque…” (Orfeu Negro, 2017) mas poderia muito bem ter começado, abre caminho a mais uma imparável série de desculpas, onde a (ir)realidade se mistura com a (re)invenção. Logo a abrir fica dado o mote: “Assim que cheguei, fui atacado por um Triceratops“.
Nesta aventura pelo museu, o pequeno-grande leitor irá deparar-se com manadas de búfalos, famílias da era Neandertal, máscaras africanas, uma escadaria impossível, passagens secretas, quadros por terminar e viagens a territórios desconhecidos.
Terceiro livro sobre a arte da desculpa assinado pela dupla Cali/Chaud, com referências que envolvem a Mona Lisa, o Principezinho ou a escada de Escher, “Perdi-me no Museu Porque…” mantém o divertimento em ponto de rebuçado, conduzindo ao culto da arte e à descoberta do artista escondido em cada leitor.
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