A comunidade de super-heróis conseguiu impedir uma invasão alienígena de proporções épicas, tudo graças aos estranhos poderes de Ulysses, um Inumano que, à semelhança do que foi sonhado por Philip K. Dick em Relatório Minoritátio, tem o dom da precognição.
No sexto volume da série Homem-Aranha, intitulado “Guerra Civil II” (Goody, 2017), uma dessas visões coloca um dos colaboradores de Peter Parker como um futuro vilão do Homem-Aranha, atribuindo-lhe o nome artístico de Clayton Cole. Clayton que, diga-se em boa vilania, já foi Clash, que usava rajadas sónicas e destruía tudo à sua volta antes de Parker o tirar da má vida oferecendo-lhe um emprego nas Indústrias Parker, ainda que o mantenha com rédea curta – algo que faz com que os pais de Clayton achem que este está a usar o filho para proveito próprio. Parker acredita que o futuro sentido por Ulysses poderá não passar de um tiro ao lado, mas a profecia começa a ganhar forma com a entrada em cena de Mendel Stromm.
Tony Stark e a Capitã Marvel têm visões antagónicas sobre as visões de Ulysses. Se para a Capitã as visões são profecias que devem ser seguidas de olhos fechados, actuando antes de os factos terem sequer ocorrido – estilo tirar o livre-arbítrio da equação -, Stark acredita que o futuro que Ulysses projecta não passa de uma interpretação pessoal, puro preconceito. Caminhamos em gelo fino, e será apenas uma questão de dias até que uma nova Guerra Civil se instale entre o universo Marvel.
Quanto a Miles Morales, se a vida de adolescente já parecia complicada entre manter a identidade secreta, conseguir aproveitamento escolar e evitar ter a família à perna, tudo se complica quando dá de caras com Jessie Jones, uma investigadora privada que, mesmo tendo Morales o uniforme vestido, o trata por…Homem-Aranha. Vão ser em grande os últimos quatro números da série.
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