E eis que, ao sexto livro de As Aventuras do Jovem Jules Verne, o pequeno Jules é finalmente chamado ao leme, tendo de mostrar toda a sua perícia de modo a que um navio não acabe desfeito.
Em “Um Capitão de Doze Anos” (Planeta, 2017), Jules, Huan, Caroline e Marie irão uma vez mais enfrentar a Ordem Contra o Progresso, a organização secreta liderada pelo director da sua Escola – o grupo tenta há já vários volumes encontrar provas que levem Claude Mathieu à cadeia -, que prepara e executa ataques usando uma perigosa substância chamada corbídio. E que, supõe-se, terá tentado matar o Capitão Nemo, numa falhada tentativa de assassinato ocorrida no porto de Nantes.
Convidados para uma excursão de três dias à Ilha de Yeu, apontados como os melhores alunos das suas turmas, os jovens acabam por ir parar a uma ilha prisão, que ostenta um cartaz muito ilustrativo: “Todas as crianças morrerão“. Aqui, as crianças trabalham duramente nas minas até atingirem os catorze anos, altura em que são vendidos para a China. Apenas Jules e as suas estranhas invenções poderão mudar um destino de trabalhos forçados e escravatura.
Por entre baleias assassinas, remoinhos, uma intoxicação alimentar e formigas que alguns consideram deliciosas, “Um Capitão de Doze Anos” é mais uma missão para os auto-proclamados Aventureiros do Século XXI, e um convite para que daqui a uns anos se atirem de cabeça à obra de Jules Verne.
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