Terá sido com “Todos os escritores têm piolhos na cabeça“, livro para crianças escrito por José Luís Peixoto e publicado em 2016, que grande parte dos leitores terá travado conhecimento com as ilustrações de Rita Correia, que antes disso havia lançado um número assinalável de esmeradas edições de autor.
“Ilumina” (Edição de autor, 2017) é mais um exemplo do espírito do it yourself de Rita Correia, que recorre a várias técnicas de ilustração e convida o leitor à interactividade, seja a construir uma ponte a partir de um muro, a abrir uma porta que dá para a escuridão ou a deixar uma mensagem surpresa, escrita num post it para ser colado num lugar à sua escolha.
O leitor entra no livro na companhia de sete amigos, para encontrar uma escuridão cerrada. Apesar de ninguém conseguir encontrar um interruptor, de a lanterna que está numa das mochilas não ter pilhas ou de não haver fósforos para acender as velas que há ali por perto, não vão faltando as propostas para iluminar a história.
E a verdade é que, pouco a pouco, o livro se vai acendendo, até que o dia surge como se o arco-íris se tivesse instalado confortavelmente. Mas, afinal, do que precisa uma ideia luminosa para dar certo? Um livro sobre o poder da imaginação apontado à infância.
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