Publicado pela primeira vez em 1969, “Alex e o ratinho de corda” (Kalandraka, 2017) é um clássico escrito e ilustrado por Leo Lionni, que conta a história de dois ratos de natureza muito diversa: um de carne e osso e outro mecânico.
Para Alex, os dias estão longe de ser fáceis. De cada vez que vai à cozinha procurar umas migalhas, é afastado por uma vassoura desastrada que faz com que chávenas, pires e colheres voem em todas as direcções. Já William, pelo facto de em vez de patas ter “duas rodinhas e uma chave nas costas“, é tratado com uma certa deferência, recebendo mimos e passando as noites na cama da Anita, numa almofada fofa entre uma boneca e um urso de peluche felpudo. Mas nem tudo são rosas para William, que apenas se pode mexer quando lhe dão corda.
Os dois tornam-se amigos e confidentes, mas no seu íntimo Alex deseja ser também um rato de corda, que em vez de vassouradas recebs mimo. Até que William lhe conta uma história que faz com que o desejo pareça ser possível de concretizar: “Ouvi dizer que no jardim, no fim do caminho empedrado, perto do arbusto das amoras, vive um lagarto mágico que consegue transformar animais“.
Leo Lionni constrói aqui uma história sobre a amizade e os valores que a habitam, tais como a solidariedade e a generosidade, conduzindo a um final que ilumina aquilo que de mais importante há na vida. Tudo com ilustrações que farão as delícias dos mais pequenos.
Premiada com a Medalha de Honra Caldecott, esta obra vem juntar-se a “Frederico”, “Pequeno Azul e Pequeno Amarelo”, “Nadadorzinho”, “O sonho de Mateus”, “A maior casa do mundo”, “Quando?”, “Quem é?”, “O que é?”, “Onde?”, “Números” e “Cores”, um já alargado conjunto de títulos de Leo Lionni autor publicados pela Kalandraka.
Sem Comentários