O escritor Jonathan Franzen, em tempos descrito pela Time como “o grande romancista americano“, visita Lisboa na próxima terça-feira (10 Outubro, 17h30) para uma conferência sobre a sua obra, que terá lugar na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), responsável pela organização do evento.
Esta será a primeira palestra do escritor norte-americano em Portugal, finalista do Pulitzer de ficção e vencedor do National Book Award, e tem uma duração prevista de 40 minutos. Para assistir será necessário uma inscrição prévia através do endereço fladport@flad.pt (até ao dia de hoje).
Franzen é autor de cinco romances publicados, três deles em Portugal – entre eles “Correcções” (2001), “Liberdade” (2010) e “Pureza” (2015) -, e obras de não-ficção como “Zona de Desconforto” (2006) – todos com edição portuguesa pela Dom Quixote. É também conhecido pelas reportagens e ensaios na imprensa norte-americana, sobretudo na revista The New Yorker.
“Purity”, o seu quinto e mais recente romance, apresenta-nos a um mundo – o nosso mundo – feito de imagens e de aparências, onde cada um parece estar a desempenhar um papel que os outros imaginaram para si, um lugar onde a individualidade, parece estar condenada. Um mundo constantemente vigiado pela Internet – há algures uma fantástica analogia entre esta e as ditaduras comunistas -, pelos telefones, pelas polícias secretas que, em cada momento da história, tratam de registar e se possível eliminar todos os desvios à abençoada normalidade. Antes disso houve “Correcções”, um livro à volta das relações – e ralações – entre irmãos e a apropriação do poder – bem como a delirante vingança – por parte do lado materno, mas também ”Liberdade”, sobre o amor – e a falta dele -, o ciúme e a paixão. Em todos eles, sempre a família no centro da narrativa. Não apenas a americana, mas a do mundo inteiro. Seja muito bem-vindo Sr. Franzen.
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