“Há animais
Uns que são mais
Outros que são menos.
E, dentre esses que são menos,
Há outros mais do que menos
Por serem mesmo os mais pequenos.”
Bem-vindos ao estranho e microscópico Zoo “Animais e Animenos” (Caminho, 2017), animado por Rita Taborda Duarte, onde poderão encontrar, graças às aumentadas ilustrações de Pedro Proença, animais que não se vêem a olho nu, “só com o olho bem tapado por pálpebras aconchegadas“.
Os espécimes vão das elefantigas, misto de elefantes e formigas, aos camaritos rosados ou girafeus cangurus, mas o que dizer dos piolhos que, invisíveis, habitam nos nossos miolos? Porém, depois de uma análise cuidada ao microscópio, vai-se a ver que estes animais pequenos têm muito a ver connosco.
Aqui encontramos poemas ao bom estilo de enigmas onde, com humor, se brinca com a linguagem. As ilustrações dão cor e corpo a esta estranha animália, surgindo ao lado de fotografias de madeiras com a tinta descascada, ferramentas e peças perdidas ou não arrumadas de jogos, mostrando uma das mais nobres missões entregues à imaginação: virar o mundo de avesso.
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