A Kalandraka continua, em grande estilo, a sua missão de inventariar a natureza. Depois dos animais, dos animais com cauda, das árvores, dos insectos e das aves, segue-se agora o “Inventário das Flores” (Kalandraka, 2017), assinado por Virginie Aladjini e Emmanuelle Tchoukriel.
A receita, essa, é a mesma dos Inventários anteriores: ilustrações naturalistas coloridas a aguarela onde, para cada uma das espécies, é apresentado o nome comum e o nome científico. Ao todo são apresentados 62 tipos de flores, num passeio pelo globo terrestre que é todo ele educacional: é indicada, para cada flor, a altura e época de floração, a par de uma breve descrição e de alguns aspectos como a sua procedência, aplicações medicinais e/ou culinárias, curiosidades ou as melhores dicas para o seu estado de conservação. São também indicadas, como introdução, as partes que compõem a flor, o seu processo reprodutivo através da polinização e, também, os modos de crescimento.
Nesta volta ao mundo serão colhidas plantas para todas as ocasiões: a Prímula ou Pão-e-Queijo, provavelmente para quando a fome apertar; o Narciso-Trombeta ou Junquilho, para prepararem uma entrada triunfal; a Amarelinha ou Susana-dos-Olhos Negros, quando a ocasião exigir uma centelha de romance; a Orquídea-Sapatinho, em jeito de antecipação do Natal; a Flor-Cadáver ou Jarro-Titã, quem sabe se não a preferida de Edgar Alan Poe; ou o Narciso-dos-Poetas, quando se torna imperioso recorrer aos versos.
As ilustrações são também já familiares para quem tem acompanhado os anteriores inventários: perfis traçados a rottring e tinta-da-china e complementados com aguarela onde, para além das flores, surgem detalhes ampliados como as suas raízes, pétalas e sementes ou uma vizinhança constituída por insectos, anfíbios, aves ou pequenos herbívoros. Mais um volume para aguçar a curiosidade dos mais pequenos e fazer o mundo sonhar com futuros botânicos.
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