Apontem nas vossas agendas: 24 de Junho. É este o dia que assinala o regresso da Noite da Literatura Europeia, um serão literário de entrada livre que transforma Lisboa – mais concretamente a zona do Carmo/Trindade – numa Babel à boa moda europeia.
Nesta 5.ª edição participam 11 autores de 11 diferentes países europeus. Entre as 18h30 e as 23h30 irão decorrer leituras, com uma duração de 10 a 15 minutos, que se realizam a cada meia hora, para dar ao público a possibilidade de visitar os diversos espaços e assistir a todas as sessões. E tudo sem olhar a géneros literários: romance, não-ficção, teatro, literatura infantil, está lá tudo. O programa é também muito diverso, viajando do sonho à fantasia, do amor à culinária, do jornalismo à matemática, do campo à cidade, do futebol às relações familiares.
Fica a presentação das obras em destaque, cujos excertos serão lidos por actores portugueses em espaços como o Quartel do Carmo da GNR, o Círculo Eça de Queiroz, o Claustro do Museu de S. Roque, a Sala de Extracções da Lotaria e o Teatro da Trindade, entre outros. A Noite da Literatura Europeia é uma iniciativa da EUNIC Portugal e conta com o apoio da Representação da Comissão Europeia em Portugal, realizando-se no âmbito das Festas de Lisboa em parceria com a EGEAC.
(Do press release)
“Amanhã há mais, de Tilman Rammstedt (Alemanha), é apresentado com grande originalidade por um narrador que ainda não nasceu. A história que conta é a dos pais, muito antes de se conhecerem.
A autora Kathrin Röggla (Áustria), cuja obra literária cruza uma grande variedade de técnicas e níveis da linguagem, baseouse nos relatos jornalísticos sobre o 11 de setembro de 2001 para escrever a peça Fake Reports, mostrando precisamente o que acontece quando a linguagem falha e a realidade e a ficção se confundem.
Cristina Peri Rossi (Espanha) é uma das mais importantes escritoras em língua espanhola. Com O amor é uma droga dura conduz o leitor numa experiência do texto, da sedução e dos dilemas causados pelo desejo e pela paixão.
Arto Paasilinna (Finlândia) conta com mais de duas dezenas de livros, traduzidos em diversas línguas. A lebre de Vatanen é um romance de culto nos países nórdicos que relata uma viagem e um reencontro com a natureza.
À espera de Bojangles, primeiro romance de Olivier Bourdeaut (França), parece aliar o optimismo das comédias de Frank Capra à fantasia da Espuma dos dias, de Boris Vian.
As ligações culinárias, de Andreas Staikos (Grécia), considerado um dos mais importantes dramaturgos do seu país, une dois vizinhos apaixonados pela culinária e pela mesma mulher.
Café amargo, da multipremiada autora Simonetta Agnello Hornby (Itália), cruza a história de uma mulher com a história da Sicília, dos Fasci à instauração do regime, das leis raciais à Segunda Guerra Mundial.
Dose dupla da autora, ilustradora e designer de comunicação Catarina Sobral (Portugal), com Achimpa e O meu avô, ambos recomendados no Plano Nacional de Leitura para o 3.º e 2.º ano de escolaridade, respectivamente.
Este ano a Noite da Literatura Europeia faz ainda um desvio até ao outro lado do Atlântico com o livro Futebol: O Brasil em campo, de Alex Bellos (Reino Unido), colunista do The Guardian, que publicou também outra das obras apresentadas, Alex no país dos números: Viagem pelo maravilhoso mundo da matemática.
Jiří Hájíček (República Checa) é um dos mais bemsucedidos escritores checos da atualidade. O romance Pau de chuva, que completa a livre “trilogia rural do desassossego moral”, ganhou o tradicional concurso Livro do Ano, do jornal Lidovénoviny, realizado desde 1928.
Por último, de Matéi Visniec (Roménia), o autor dramático romeno mais representado no seu país e que foi distinguido com diversos prémios a nível europeu, Teatro decomposto ou O homemlixo, uma série de módulos para composição teatral sem ordem definida.”
Leituras
Tilman Rammstedt – Alemanha
Obra: Amanhã há mais
Leitor: Ulisses Ceia
Local: Quartel do Carmo da GNR
Kathrin Röggla – Áustria
Obra: Fake reports
Leitores: Daniela Gonçalves, Oliva Favas, Emanuel de Sousa
Local: Círculo Eça de Queiroz
Cristina Peri Rossi – Espanha
Obra: O amor é uma droga dura
Leitores: John Wolf, Lauren Mendinueta
Local: Academia de Amadores de Música
Arto Paasilinna - Finlândia
Obra: A lebre de Vatanen
Leitora: Cátia Sá
Local: Lisboa Pessoa Hotel
Olivier Bourdeaut - França
Obra: À espera de Bojangles
Lei tora: Ana Sofia Paiva
Local: Museu Arqueológico do Carmo
Andreas Staikos - Grécia
Obra: As ligações culinárias
Leitor: José Ideias
Local: Claustro do Museu de S. Roque (SCML)
Simonetta Agnello Hornby – Itália
Obra: Café amargo
Leitora: Inês Lapa
Local: Sala do Brasão do Museu de S. Roque (SCML)
Catarina Sobral - Portugal
Obras: Achimpa; O meu avô
Leitor: Miguel Fragata
Local: Terreiro Místico da Igreja do Santíssimo Sacramento
Alex Bellos - Reino Unido
Obras: Futebol: O Brasil em campo; Alex no país dos números
Leitor: Rogério Martins
Local: Sala de Extrações da Lotaria Nacional (SCML)
Jiří Hájíček – República Checa
Obra: Pau de chuva
Leitor: Júlio Martín
Local: Livraria Sistema Solar
Matei Vișniec - Roménia
Obra: Teatro decomposto ou O homem lixo
Leitor: Nuno Pinheiro
Local: Teatro da Trindade
1 Commentário
É preciso ter pontaria, não li nenhum destes títulos nem nenhuma obra destes mesmos escritores, eu que leio livros de tantos países diferentes, não só clássicos, Nobel, mas também atuais menos conhecidos.