No universo da literatura infantil, muitos são os livros que partiram da ideia de alcançar a lua, esse ponto luminoso e multiforme que parece estar, por vezes, ao alcance de um braço. “Eu Quero a Lua” (Editorial Presença, 2017) não será, portanto, uma história que procure a originalidade, antes um reciclar de uma ideia universal – o que, se formos bem a ver, acontece também na literatura para gente crescida.
Numa noite em que uma Toupeira sai da sua toca e dá de caras com uma lua cheia, estamos perante um caso de amor à primeira vista. Primeiro, decide dar um pulo para a puxar para baixo. Depois, tenta fazer o mesmo com a ajuda de uma longa vara. Logo a seguir muda de táctica, atirando bolotas ou, corajosamente, trepando ao cimo de uma árvore gigante. Tudo isto depois de acordar a floresta inteira, e de cada um dos animais lhe dizer a mesma coisa: “Ela não está tão perto como parece“.
Com ilustrações que vão fazer a pequenada – está recomendado para crianças a partir dos 3 anos – apaixonar-se por criaturas como os coelhos, os ouriços ou os esquilos, “Eu Quero a Lua” eleva a importância da amizade e oferece várias outras lições. Como a de podermos amar algo que apenas podemos tocar com os olhos ou nos sonhos mais promissores.
Sem Comentários