A partir do momento em que Yoichi Takahashi se lembrou de realizar uma série animada em redor do super-futebolista Oliver Tsubasa, num campo de futebol que, segundo estudos científico-fantásticos, teria alguns quilómetros de comprimento, o futebol começou a fazer parte do ADN da pequenada.
Álvaro Magalhães, escritor que congrega as qualidades de ser portuense e portista, tem uma obra para crianças que integra poesia, conto, ficção e texto dramático, que, ao todo, somam mais de oitenta títulos. Uma das suas séries mais recentes dá pelo nome de Os Indomáveis F.C., que segue uma equipa de futebol desde o nada ao, espera-se, estrelato (pelo menos até ao lugar mais alto onde pode chegar um clube de bairro).
Em “Nada é impossível” (Porto Editora, 2016), o segundo volume da série, acompanhamos os Indomáveis, equipa que contra todas as previsões levou para casa a taça do vencedor do Torneio Primavera. A fasquia sobe agora alguns centímetros, com a equipa a disputar a poule de apuramento para a Superliga Júnior de Futebol 7.
Primeiro que tudo, há-que tratar das obras de melhoramento do estádio, que feitas as contas irá envolver uns chorudos 20000 euros. As ideias porém não faltam, incluindo plantar publicidade à má fila nos programas da tarde apresentados por João Baião.
O livro explora a rivalidade de Os Indomáveis com os betinhos – e vizinhos – do Miratejo, não perdendo os primeiros para lançar a frase a quem falar do confronto: “Quem quer ser betinho se pode ser indomável?”
Nesta equipa que se veste com as cores do Beira-Mar, há um cão mascote com o nome de minhoca, um novo guarda-redes que é um verdadeiro menino da mamã e conversas via Skype do jogador-narrador com a namorada, que está em Londres a fazer um estágio num instituto de bailado. Para além da adrenalina ligada ao torneio de futebol, há coisas que desaparecem misteriosamente, muitos bruxedos à moda do bruxo de Avintes e uma equipa de miúdos com corpinho de adultos chamada Tubarões.
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