E eis que, ao quinto volume e depois de conhecerem uma ilha perdida, visitarem um farol maldito, viajarem até ao abismo e descerem ao fundo do mar, Jules Verne e amigos chegam a um lugar onde encontram “crateras enormes, como as provocadas por impacte de meteoritos, sem planta nem árvore alguma até onde a vista alcançava. O terreno era tão seco que parecia que ali nunca tivesse caído uma gota de água que fosse e na atmosfera, sob um céu repleto de estrelas brilhantes, não soprava nem uma brisa…” Estariam Jules, Marie, Huan e Caroline “Aprisionados na Lua” (Planeta, 2016).
O desafio foi, uma vez mais, lançado pelo destemido Capitão Nemo no prefácio, ainda que não o tivesse partilhado com o criativo Jules: “Se o caminho-de-ferro já percorria a terra a velocidades até há pouco tempo inimagináveis e eu demonstrara ser possível deslocarmo-nos pelas profundezas do mar, por que não viajar pelo ar até ao próprio espaço astral?”
Neste volume, Jules tem a oportunidade de ir para além das habituais invenções para o lar de idosos, participando num concurso escolar para inventores em representação da escola. Uma prova onde pretende apresentar o seu projecto mais ambicioso: construir um foguete para ir à Lua, numa viagem que irá levar entre 40 a 45 horas.
Um foguete construído com a ajuda dos idosos do lar, mas que corre o sério risco de não ter êxito, uma vez que há muitos meteoritos a cair do céu. Para além da já habitual organização criminosa anti-progresso, que tudo fará para se opôr a qualquer ideia de avanço científico. Mais uma aventura do jovem Jules Vernes, que serve de prequela aos livros de aventura imaginados pelo escritor francês.
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