“Salvar os grandes clássicos da literatura do esquecimento.” É este o lema de Alessandro Baricco, um dos mais conhecidos escritores italianos da actualidade, que prossegue a sua missão de salvamento literário com a publicação das “Histórias Inesquecíveis 2” (Nuvem de Letras, 2016).
Agora, novamente numa edição belíssima e ilustrada que nos chega servida em capa dura, há mais cinco histórias clássicas recontadas por outros tantos autores e autoras: “Gilgamesh”, por Yiyun Li; “O Nariz”, por Andrea Camilleri; “Rei Lear”, por Melania G. Mazzucco; “Cyrano de Bergerac”, por Stefano Benni; e “Os Noivos”, por Umberto Eco.
“Esta é a história de um menino com poderes extraordinários e destrutivos que se torna um homem de grande força e de profunda sabedoria“, começa desta forma “Gilgamesh”, onde a amizade é maior que a soma da vida e da morte.
Quanto a “O Nariz”, trata-se da história de “um nariz que, depois de desaparecer inexplicavelmente do rosto do legítimo proprietário, ganhou vida própria, autónoma.” Uma história tão cómica que chega a tocar o absurdo e a tragédia.
“No ano de 3150 após a criação do mundo, quando a poderosa cidade de Troia era, há muitos séculos, apenas um monte de ruínas, num país perdido do Mar do Norte havia já um rei. O seu nome era Lear.” É assim que começa uma das maiores histórias de William Shakespeare, onde o velho e cansado monarca terá de distinguir entre lealdade e traição.
Há ainda “Os Noivos”, uma história passada em “Mil Seicentos e troca o passo” e onde o autor toma o partido dos desgraçados e das vítimas de injustiças, dando uma valente coça literária aos malvados.
Ponte ilustrada e resumida para o mergulho de cabeça nos clássicos, estas “Histórias Inesquecíveis” são já parte das edições infanto-juvenis portuguesas, levantando questões essenciais para a formação pessoal e cívica como o significado da justiça ou o que significa ser humano.
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