O Engenheiro tratou de ir avisando a tripulação ainda nem um dos pés havia pisado terras francesas: só quero voltar a comer pastéis de nata lá para 11 de Julho (ipsis verbis ou, se calhar, mais palavra menos palavra). Mais de meio país aproveitou para rir como ainda não o havia feito este ano, mas a verdade é que estamos nas meias-finais com um olho em Gales e outro na final, esperando que o jogo entre franceses e alemães dure até à manhã seguinte e seja propenso a muitos cartões e expulsões.
Para aqueles que não conseguem deixar de roer as unhas e querem que o tempo passe mais depressa – isto para não darem já cabo da caixa de minis que aguarda tranquilamente no frigorífico – recomenda-se a leitura de “O Grande Livro da Selecção” (Marcador, 2016), escrito pelo artilheiro Rui Miguel Tovar, provavelmente o melhor escriba nacional no que toca a escrevinhar sobre o mundo da redondinha.
Neste livro, que se folheia como uma revista tal não é a quantidade de fotografias, é apresentado meio século de Europeus e Mundiais que, a contar com o Euro 2016, se espreme em treze participações (com nove delas a acontecerem depois de 2000).
Para cada torneio é apresentado um pequeno balanço e um resumo sobre a bela da final. Há também a lista de convocados tugas e o percurso – uma vezes demasiado curto – da selecção até ser mandada de volta a casa – excepto em 2004, onde estava já no lar doce lar depois da tragédia grega. Para os mais afoitos há também um desafio de perguntas e respostas, além de uma série de curiosidades, a eleição da figura da competição, um caso com ar de fait-divers e alguns dos acontecimentos históricos que antecederam os últimos meses da competição. Um documento de colecção para os apaixonados do futebol e, sobretudo, para os maluquinhos da selecção. Venha de lá essa taça.
Sem Comentários