Não é líquido que os livros de colorir se tenham transformado numa espécie de Prozac de papel, mas a verdade é que, nos dias de hoje, estes objectos vão sendo glorificados como combatentes ao stress e à irritação, capazes de amansar até o ser mais nervoso e preocupado. Entre mandalas e motivos clássicos, tudo serve para vender a pintura entre linhas e formas como forma de combater o rebuliço mental ou, simplesmente, de passar o tempo.
“Harry Potter: livro de colorir” (Planeta, 2016) é um desses casos, oferecendo a lápis e canetas a oportunidade de colorirem todo o universo Potteriano. Há de tudo para ser pintado: a heráldica das quatro casas de Hogwarts; as extravagantes Magias Mirabolantes dos Weasleys; imagens retiradas dos filmes; lugares como o Castelo de Hogwarts ou a Floresta Proibida; criaturas mágicas e cenas icónicas como a Cerimónia do Chapéu ou a batalha final entre Harry e Lord Voldemort.
Para o final ficam páginas coloridas, com cartazes do Campeonato Mundial de Quidditch ou a taça do Torneio dos Três Feiticeiros. Que, vai-se a ver, poderão servir de inspiração para todas as páginas por pintar que ficaram para trás. Contra o stress e o aborrecimento, pintar, pintar. Ou, fazendo uso da feitiçaria, Flagrate!
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