Entre 7 e 9 de Abril, a cidade albicastrense recebe a 4ª edição do Fronteira – Festival Literário de Castelo Branco. Assumindo que a literatura se faz de narrativas e contrastes, de leitores e livros que cruzam géneros, a edição de 2016 pretende reflectir sobre «As fronteiras da Prosa e da Poesia», tentando deslindar de que forma se aparta a narrativa do verso e descobrir, que nem um Indiana Jones literário, o lugar mágico onde se traça essa fronteira. Fica o programa (a partir do press release).
7 Abril
21h30
Abertura do evento – Discursos inaugurais
21h45
Homenagem a João Roíz
Pelo grupo Váatão
«Partindo-se estão as partidas do amor que, vindo, vão…»
Uma dramatização de cinco textos poéticos que respiram na Cantiga Sua.
Partindo-se de João Roíz de Castelo Branco. Com textos de António Salvado, António Vieira, Luís de Camões, Manuel Alegre e Maria Teresa Horta.
22h10
A noite dos poetas albicastrenses
Os poetas: são os lugares que se transformam em poesia, ou é a poesia que transforma os lugares?
Convidados: António Salvado, João de Sousa Teixeira, Luís Diogo, e Manuel Costa Alves
Moderação: José Dias Pires.
8 e 9 Abril
Uma escrita a mil mãos
Das imagens que a poesia transporta à poesia que viaja nas imagens. Um projecto de leituras, a partir da Cantiga Sua Partindo-se de João Roíz, a desenvolver nas escolas do ensino básico de Castelo Branco.
Objectivo: elaboração de painéis com trabalhos motivados pelos grandes temas do poema: a partida, a saudade e o amor nos olhos de quem ama e é amado. Os painéis ficarão expostos na Biblioteca Municipal de Castelo Branco durante os dias 8 e 9 de abril.
8 Abril
Manhã e Tarde Visitas a escolas, com o tema «Vemos, ouvimos e lemos – as mil e uma maneiras de cruzar a fronteira das histórias»
Num ambiente informal e descontraído, escritores e ilustradores visitam as escolas do concelho de Castelo Branco, para partilha da sua experiência e para responder às questões dos mais novos. Convidados: Carlos Alberto Moniz, José Dias Pires, Luís Afonso, Luís Diogo, Madalena Moniz, Manuel Costa Alves, Sebastião Peixoto
18h00
Sessão especial com Manuel Alegre
Uma viagem pelos momentos mais marcantes da vida e obra de Manuel Alegre, com biografia e bibliografia de mãos dadas. Poeta, prosador, figura de relevo que tem marcado a nossa praça pública, Manuel Alegre é uma figura incontornável dos lugares literários de Portugal.
9 Abril
15h00
Será o prosador um poeta sem capacidade de síntese?
O que é que define o trabalho de um prosador? Será alguém que necessita de mais páginas, mais palavras, mais adjectivos, para formar um corpo literário? Como diria certo e determinado autor, «Ididn’t have time to write a short letter, so I wrote a long one instead.» Ou seja, menos economia de palavras é sinónimo de menor capacidade literária ou nas letras nem sempre se cumpre a máxima less is more?
Convidados: Alice Vieira e Jacinto Lucas Pires
16h00
Geografias humanas: Do Desnorte à Gramática do Medo
Sessão de apresentação de “Gramática do Medo”, romance de Maria Manuel Viana e Patrícia Reis, e “Desnorte”,livro de contos de Inês Pedrosa. O primeiro é uma viagem pelas fronteiras, geográficas e humanas, do sujeito e da ténue linha que separa a ficção da realidade. O segundo junta histórias irreais com personagens duramente verdadeiras, outras que são o contrário, sempre sobre o cenário misterioso e mirabolante que é a vida. As três autores estarão juntas, à conversa, sobre as obras e os temas de que tratam.
Convidadas:Inês Pedrosa, Maria Manuel Viana e Patrícia Reis.
Moderação:Pedro Vieira
17h00
Será o poeta um prosador com tiques de preguiça?
Será que o texto poético — curto e conciso — não passa de uma desculpa para quem não tem tempo (ou paciência) para se dedicar a escrever um romance com muitas páginas? Há mais mérito na concisão ou no desenvolvimento de personagens e ambientes. E quem disse que mais páginas era sinal de maior profundidade das personagens e ambientes?
Convidados:José Eduardo Agualusa e Matilde Campilho.
Moderação:Nuno Costa Santos
18h00
Condenados ao esquecimento
José Cardoso Pires, Fernando Namora, Maria Gabriela Llansol, Vergílio Ferreira, Sophia de Mello Breyner fazem parte do Olimpo literário português mais recente. Mas há muitos mais. Estaremos a falar sempre d’Aqueles que por obras valerosas / Se vão da lei da Morte libertando ou num mundo em que a voragem de informação é cada vez maior, estarão os escritores condenados ao esquecimento?
Convidados: Inês Pedrosa e Nuno Júdice
21h30
Sessão de encerramento – Discursos de encerramento
21h45
Missa Mal Dita, de Renato Filipe Cardoso
Espectáculo de poesia, por Renato Filipe Cardoso, que parte de alguns clássicos da poesia satírica até aos poetas contemporâneos, num clima de enorme descontração e interação com o público. De Bocage a Daniel Maia Pinto Rodrigues, passando por Mário-Henrique Leiria ou Adília Lopes.
22h15
Sessão especial com Luís Represas
Com mais de 40 anos de carreira, Luís Represas tem construído um importante legado para a música portuguesa. Não só canta as suas próprias palavras, como imortaliza poetas na melodia, como Florbela Espanca. Uma sessão que recordará memórias e celebrará a palavra e a poesia cantada.
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