Agora que os nomes começam a ser distribuídos no calendário – mas ainda sem horários -, damos conta dos últimos nomes que nos faltava anunciar do cartaz da 26ª edição do Vodafone Paredes de Coura, que regressa à Praia Fluvial do Taboão nos dias 15, 16, 17 e 18 de Agosto. Tudo à boleia do press release.
Cantor, compositor e produtor, Silva representa a evolução do panorama musical actual. No repertório ouvimos uma mistura de referências estrangeiras e de manipulação electrónica da música brasileira. Multi-instrumentista natural do Brasil, em 2017 foi nomeado para o Grammy
Latino em duas categorias: melhor canção em língua portuguesa e álbum do ano. No seu último disco “Silva Canta Marisa”, o artista une o clássico ao modernismo através dos aclamados temas de Marisa Monte.
A música de Conan Osiris começou como um rumor na internet. “Adoro Bolos” é já o seu terceiro álbum, mas nos últimos meses o interesse pelo cantor lisboeta ganhou outro tipo de atenção. Desde 2014 que o músico coloca o trabalho na internet, mas o entusiasmo de alguns amigos levou-o a partilhar os temas num universo musical mais abrangente. Fado, bollywood, hip-hop ou metal são estilos que caracterizam Tiago Miranda que, com 29 anos, é um verdadeiro autodidacta. Conan Osiris mistura a poesia de um romantismo trágico a expressões em calão acompanhadas de saberes populares.
Ninos Du Brasil é um projecto com origens rodeados em mistério. Dedicados à irreverência e à incomum mistura de sons, batucadas, samba e electrónica as raras actuações tornaram-se lendárias com uma mistura efervescente entre old school techno, coros espirituosos e celebrações carnavalescas de grande intensidade física. O álbum de estreia, “Muito NDB”, tornou-se uma declaração aberta contra a superficialidade existente na música pop e a proibição de festejos em domínios públicos. Os temas são armas de percussão com instrumentos tão irreverentes quanto os seus músicos. “Vida Eterna” é o mais recente álbum, com um traço mais electrónico mas sem nunca perder a identidade que tanto os caracteriza.
Actor de profissão, Nuno Lopes começou a sua carreira como DJ em 2006. Se inicialmente apenas colocava discos pelo simples prazer da ligação ao universo musical, rapidamente começou a tocar em nome próprio em diversos festivais e clubes por todo o país e ainda em algumas cidades europeias. O seu estilo ecléctico pode levar-nos no mesmo set do Deep House aos Raw beats, do TechHouse e Techno ao Bassline, nunca descurando a energia necessária para empolgar as almas noctívagas.
Uma combinação de shoegaze com grunge catártico é o que define a sonoridade de DIIV. A paixão que Zachary Cole Smith, natural de Brooklyn, desenvolveu pela guitarra, levou-o a iniciar o percurso musical com o psych-rock dos Soft Black e, mais tarde, a descobrir o shoegaze com Beach Fossils. Smith formou os DIIV em 2011, como uma identidade para as suas canções, e lançou o primeiro álbum “Oshin” em 2012. Depois de um agitado afastamento começou a escrever material para um novo trabalho, e o resultado foram cerca de 150 novos temas que acabaram por dar origem, em 2016, a “Is the Is Are”. Onde “Oshin” foi meditativo e estático o mais recente trabalho vai mais além, numa sonoridade que é uma viagem a locais locais com múltiplas texturas e ambientes fantasiosos.
Durante mais de uma década Marco Sterk mostrou o seu talento na cena underground de Amesterdão, onde ganhou reputação pelo seu corajoso e desafiante ecleticismo. De segredo bem guardado a amplamente conhecido, Young Marco marca a diferença com o uso de músicas “estranhas” e “não clássicas”. Os dois primeiros EPs estabeleceram esse estilo, que passou a marca registada, e ganharam a atenção de nomes como Dixon ou James Murphy, o que ajuda a compreender a grande procura que o também produtor recebe. Em 2014, o pitoresco e melodioso “Biology” recebeu boas críticas e confirmou o artista como uma das vozes verdadeiramente únicas da música electrónica.
Continuando na electrónica, seguimos da Holanda para a Alemanha onde Lauer também escreve música há mais de uma década. O produtor e DJ de Frankfurt cresceu rodeado de hip-hop e punk rock, até ter finalmente sucumbido à electrónica no final dos anos noventa. Se a maioria do seu trabalho musical foi sendo lançado sob uma grande variedade de pseudónimos e projectos colaborativos (incluindo Tuff City Kids, com Gerd Janson, Hotel Lauer ou o duo de deep house Arto Mwambe), com o lançamento do segundo LP “Borndom”, o DJ ficou firmemente reconhecido como Lauer. Num trabalho exemplar de diferentes linhas de sintetizador, o amor pelo house é combinado com a música disco, numa sonoridade que não deixa esconder a afeição pela música electropop dos nos 80 e 90.
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