Descolar do planeta Terra, viajar pelo espaço e aterrar numa estrela, acompanhado de música ao vivo – e tudo sem sair do sofá. É esta é a mais recente proposta do Cão Danado e do Planetário do Porto, que propõem para mais logo (11 Julho, 18h30) uma sessão de música improvisada que ocupará a cúpula do Planetário da Invicta, na qual irão participar Rodrigo Amado, João Filipe Pais e Angélica V. Salvi. Fica o press que nos chegou à redacção:
Ao saxofonista Rodrigo Amado junta-se Angélica V. Salvi na harpa e João Pais Filipe na bateria
e percussão, num concerto imersivo à porta fechada. O encontro será marcado por uma multiplicidade de influências partilhada pelos três músicos, do free jazz à música clássica, num discurso livre, mas disciplinado. Pela primeira vez reúnem-se três nomes badalados na cena musical contemporânea, numa oportunidade de excepção.
A paisagem multifacetada desenhada pela música coexiste com o lugar. Construída de improviso, a obra sonora será instigada pela projecção fulldome de uma viagem por galáxias próximas. Para participar, basta ligar-se à sala virtual que mimetiza o ambiente.
Adaptando-se ao período pós-pandémico e com vontade de encurtar a distância entre os músicos e o público, a experiência será alargada à web através de um canal de streaming.
Construída para o efeito, a sala de concerto virtual permitirá partilhar não só o concerto sem
diminuição da qualidade de som e imagem, como garante a viagem até à exosfera através do
seu ecrã.
A proposta acontece numa assertiva inscrição do programa Germinal, desenhado pelo Cão Danado para V.N. de Famalicão, que mais uma vez se expande ao Planetário do Porto.
FICHA ARTÍSTICA
Direcção – Sara Barbosa (Cão Danado) e Paulo Pereira (Planetário do Porto – Centro de Ciência Viva)
Rodrigo Amado – Saxofone
João Pais Filipe – Bateria e percussão
Angélica V Salvi – Harpa
Técnico de Som – Pedro Augusto
Uma produção Cão Danado em co-produção com o Planetário do Porto – Centro da Ciência Viva.
Bilhetes à venda em BOL e nos pontos de venda aderentes.
Preço: 2€
Sala virtual de transmissão do concerto em livestreaming
Evento no facebook
RODRIGO AMADO
Nomeado, pelo quinto ano consecutivo, pela prestigiada El Intruso International Critics Poll, como um dos cinco melhores saxofonistas tenor em actividade, ao lado de Evan Parker, Joe Lovano, Ken Vandermark, Jon Irabagon, Ivo Perelman, James Brandon Lewis, Chris Potter ou Ingrid Laubrock, Rodrigo Amado acaba de editar “A History of Nothing” (Trost), o segundo álbum do quarteto que mantém com três das mais importantes figuras do jazz livre actual – Joe McPhee, Kent Kessler e Chris Corsano. Com esta formação, à frente do seu Motion Trio, com Miguel Mira e Gabriel Ferrandini, ou integrado nos Humanization Quartet, Amado realizou nos últimos anos extensas tournées na Europa e nos Estados Unidos, tendo passado por inúmeras salas de referência como o Snug Harbor em New Orleans, Hideout em Chicago, The Stone em Nova Iorque, Bimhuis em Amsterdão, DOM em Moscovo, Jazz House em Copenhaga, Cafe Oto em Londres, Pardon To Tu em Varsóvia, De Singer em Antuérpia, Manufaktur em Estugarda ou a State Philharmony Hall em Oradea, vendo o seu trabalho aclamado em publicações internacionais de referência como a revista The Wire, ou os jornais El País e Folha de São Paulo. Como refere o crítico e escritor norte-americano Stuart Broomer nas liner notes que escreveu para “This Is Our Language , “Amado is an emerging master of a great tradition, more apparent with each new recording or performance.”
ANGÉLICA V. SALVI
Harpista espanhola radicada no Porto há alguns anos, tem erigido um trabalho exploratório no seu
instrumento com uma variedade realmente heterogénea de colaboradores musicais e transdisciplinares,
ainda que essencialmente focada em trabalho de improvisação. Para além de leccionar no Conservatório
de Música local, já realizou trabalho como solista com a Orquestra Sinfónica da Casa da Música ou o
celebrado Remix Ensemble.
Das suas colaborações com músicos icónicos como Han Bennink ou Evan Parker, do que lhe
conhecemos em palco e de discos, o seu vocabulário vai sempre se adaptando – mantendo a identidade
– de acordo com contexto e ideias, a nível de timbragens e efeitos. A ver o seu discurso solista, que já foi
apresentado por diversas vezes pela Europa e Estados Unidos.
JOÃO PAIS FILIPE
João Pais Filipe (n. 1980) é um baterista/percussionista e escultor sonoro do Porto. O seu percurso
enquanto músico é caracterizado pela abordagem a uma grande amplitude de estilos e linguagens, em
bandas como os Sektor 304, Friedman & Pais, HHY&The Macumbas, Unzen Pilot, Paisiel, Montanha
Magnética, Talea Jacta, Two White Monsters Around a Round Table, Space Quartet, CZN, ao mesmo
tempo que mantém uma actividade regular no universo da música improvisada, tendo participado em
inúmeros projectos ao lado de nomes como os de Burnt Friedman Steve Hubback, Fritz Hauser, Evan
Parker, Marcello Magliocchi, Z’EV, Carlos “Zíngaro” and Rafael Toral. João Pais Filipe desenvolve,
complementarmente ao seu trajecto como músico, um trabalho de construção de gongos, pratos e outros instrumentos percussivos de metal, através do qual explora tanto as propriedades acústicas destes objectos como a sua potencial dimensão escultórica e imagética./em>
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