Depois da dupla celebração de “Afro Fado” na Altice este ano, Slow J parece ter sido convidado para tudo o que é festival. Um desses concertos terá lugar no dia 19 de Julho no Super Bock Super Rock, festival que confirmou já uma série de nomes desde a última vez que por aqui actualizámos o cartaz: Aminé, Fridayy, Kenny Mason, Fisher, Capitão Fausto, Marc Rebillet, Will Butler + Sister Squares e Vulfpeck. Seguem-se as apresentações, o festival chega nos dias 18, 19 e 20 de Julho ao Meco.
19 Julho | Palco Super Bock
Slow J é uma mistura. João Coelho nasceu em Setúbal, filho de mãe portuguesa e pai angolano. A música sempre foi uma íntima companheira de viagens. Depois de descobrir a sua paixão pela criação musical, voou para Londres, onde produziu obsessivamente, enquanto estudava engenharia de som, retornando a Portugal determinado a entrar num estúdio. Entre estúdios profissionais, guesthouses e o seu quarto, João Coelho produziu, escreveu e cantou os seus dois primeiros projectos: “The Free Food Tape EP” (2015) e “The Art Of Slowing Down” (2017). Editou e distribuiu estes primeiros registos de forma independente, com a ajuda da família e amigos. Em 2018 foi o produtor executivo do primeiro álbum a solo de Papillon, “Deepak Looper”, e no ano seguinte lançou o seu segundo LP, “You are Forgiven”. Este disco é uma labiríntica jornada interior de um Ser Humano que procura, simplesmente, ser ele próprio e ser feliz. Nesta altura, Slow J faz-se ouvir por todo o país, apresentando-se ao vivo nos grandes palcos e eventos de maior relevância. Em 2020 editou “Slo-Fi”, uma produção caseira que relaxa e leva a mente onde o corpo não pode ir. Depois disso afastou-se dos palcos, dedicando-se à produção. Apesar desse recolhimento, continuou a aparecer nos tops da música nacional graças a várias colaborações com nomes incontornáveis da nossa música como Dino d’Santiago, G-son, Ivandro, Ritchie Campbell, Sam The Kid, entre outros. 2023 marcou o regresso aos discos com “Afro Fado”. Neste registo, o músico revela um ensaio sobre a identidade portuguesa em todo o esplendor da sua mistura. “Afro Fado” chegou com estrondo, causando um impacto cultural e comercial poucas vezes sentido na música portuguesa. Depois de ter sido o álbum português mais ouvido de sempre nas primeiras 24 horas após o lançamento, e de ter ocupado a oitava posição no top Debut Global do Spotify, “Afro Fado” levou Slow J a esgotar duas vezes a lotação máxima da Altice Arena. Temas como “Where U @”, “CorDaPele” ou “Tata” conquistaram o público e a crítica, fazendo deste disco um dos melhores de 2023.
19 Julho | Palco Pull&Bear
Adam Aminé Daniel, mais conhecido pelo seu nome artístico, Aminé, é um rapper, cantor e compositor de Portland, Oregon. Começou a gravar músicas quando ainda estava no secundário, lançando mixtapes independentes que chamaram a atenção dos ouvintes mais próximos de si. Aminé entrou mais a sério na cena pública no ano de 2016 com o lançamento do single “Caroline”. A música tornou-se um sucesso instantâneo, alcançando os lugares cimeiros dos tops musicais e catapultando Aminé para o cenário musical mainstream. Em 2017, Aminé lançou o seu álbum de estreia. “Good For You” recebeu elogios da crítica e consolidou a sua posição como um dos mais promissores talentos da nova geração de rappers. O álbum apresenta uma grande variedade de estilos, do hip-hop ao R&B, e demonstra toda a versatilidade artística de Aminé. Desde então, não parou de editar, colaborando com outros artistas e expandindo a sua popularidade. O seu segundo disco, “Limbo”, lançado em 2020, voltou a receber a aclamação da crítica e apresentou uma evolução no seu estilo musical. Em 2021 lançou o seu trabalho mais ambicioso até então: “TwoPointFive”. Neste registo, Aminé explora novos territórios musicais, inspirando-se na música de clubes de uma maneira que nunca tinha abraçado antes. O vídeo do seu single principal, “Charmander”, foi celebrado como um dos melhores do ano pela GQ, Pitchfork, Highsnobiety, entre outras publicações. Em 2023 editou “Kaytraminé”, o disco de estreia do seu projecto com o produtor Kaytranada.
19 Julho | Palco Pull&Bear
O cantor e compositor Fridayy, nascido e criado em Filadélfia, é um dos nomes mais promissores da nova geração de rappers, com uma das vozes mais fortes e identificativas. A música apareceu cedo na sua vida, participando no coro da igreja na qual o seu pai era pastor. E, com apenas seis anos de idade, já tinha sido introduzido ao piano, ao baixo e à guitarra. Mas as coisas começaram a ficar mais sérias na adolescência, quando começou a explorar as potencialidade do seu laptop. A sua fama explodiu depois da participação na música “God Did” de DJ Khaled, ao lado de nomes como Jay Z, Lil Wayne, Rick Ross e John Legend. O tema foi nomeado para três Grammys e catapultou Fridayy para a fama internacional, mas o sucesso não parou por aí. Graças ao tema “Forever”, com Lil Baby, Fridayy chegou ao top 10 da Billboard Hot 100. Depois destes sucessos, e já com uma base de fãs à escala planetária, o rapper editou o seu disco de estreia em 2023. “Fridayy” conta com singles tão fortes como “Don’t Give It Away”, com a participação de Chris Brown, ou “When It Comes To You”. Entre as suas colaborações de sucesso contam-se ainda temas como “Lies” de Money Bagg Yo, “The Biggest” de EST GEE, “Room Comfort” de Rylo Rodriguez, “Sisi Ganja” de Adekunle Gold, “See The Light” de Swedish House Mafia, e “Counting on You” da banda sonora do filme Fast and Furious 10.
19 Julho | Palco Pull&Bear
Kenny Mason é um rapper, cantor e compositor americano nascido e criado em Atlanta, Geórgia. O rapper junta habilidades líricas raras, com um estilo versátil e uma abordagem única à produção musical. Com tais atributos, rapidamente chamou a atenção da cena musical. Kenny começou a fazer música quando ainda estava na escola secundária, inspirado por nomes como André 3000, Kanye West ou Kid Cudi. Começou a lançar músicas independentes e a construir uma base de fãs antes de atrair a atenção de um público cada vez mais amplo. Em 2019, Kenny Mason lançou o seu álbum de estreia, “Angelic Hoodrat”. Este registo foi bem recebido pelo público e pela crítica, ajudando a consolidar a sua posição como uma das vozes mais promissoras do cenário do rap underground norte-americano, graças a temas como ”Hit”, “Metal Wings” e “PTSD”. Desde aí Kenny não tem parado de produzir e de surpreender. Em 2022 editou “4Real”, um EP que mostra ao mundo uma nova faceta da música do rapper, explorando temas como autoaceitação e autenticidade. “Diagnosed”, “Sleep” e “Hostile” elevam ainda mais a fasquia para o futuro. Kenny Mason é conhecido pela sua capacidade de juntar diferentes estilos, incorporando elementos do rap, rock, R&B e outros géneros, sempre ao serviço das palavras, comprometidas com questões sociais, políticas e pessoais. Já em 2024 editou um novo disco: “9”.
20 Julho | Palco Super Bock
Paul Fisher nasceu e cresceu na Gold Coast de Austrália, onde se preparou durante vários anos para uma carreira no surf. Esse amor pelo mar ficou para sempre, mas a música acabou por aparecer na sua vida, também com muita força. Sempre gostou de ir a festas e, em 2005, foi incentivado a participar nessas festas de forma mais activa, trazendo música e animando o público. Apesar desses primeiros passos, as coisas só começaram a ficar mais sérias a partir do ano de 2011. Primeiro fez parte do projeto Cut Snake, ao lado do produtor e também surfista Leigh Sedley. Esse apoio foi fundamental para que Fisher ganhasse a confiança necessária para embarcar numa carreira a solo. E foi mesmo isso que aconteceu a partir de 2017, com a edição de vários singles que mostraram o seu enorme potencial: “Ya Kidding”, “Stop It” e “Ya Didn’t”, todos editados pela Dirtybird, foram alguns desses sucessos. Em 2018 lançou “Losing It”, aquele que é ainda hoje um dos seus maiores hits, desta vez pela Catch & Release. A faixa alcançou o primeiro lugar no top Australian Club Tracks e foi ouvida por milhões de pessoas no Youtube. “You Little Beauty”, editada em 2019, seguiu o mesmo caminho de popularidade. Fisher transmite uma sensação de leveza para o público, com o grande objectivo de divertir e fazer dançar, sem grandes pretensões e sempre ao serviço de cada pista de dança. Além das habilidades óbvias enquanto produtor, Fisher é conhecido pela forma enérgica como guia cada set, tornando-se dessa forma um dos artistas mais requisitados no mundo da música electrónica, com presenças constantes nos maiores festivais do planeta. Sucessos mais recentes como “Atmosphere” (chegou aos 3 milhões de streams no Spotify só na primeira semana…) ou “Take It Off” mostram a boa forma de FISHER e antecipam uma grande actuação no Super Bock Super Rock deste ano.
18 Julho | Palco Pull&Bear
A história de Tomás Wallenstein, Salvador Seabra, Manuel Palha e Domingos Coimbra tem o seu primeiro capítulo em 2011, com “Gazela”, o disco de estreia. Ali encontramos a urgência das canções juvenis, dos hinos pop que se cantam e sabem sempre a pouco. Em 2014 foi a vez de “Pesar o Sol” chegar ao público. E defenderam-no ao vivo com espectáculos memoráveis nos grandes e pequenos festivais, clubes e teatros pelo país fora. Essas actuações obrigaram a banda a crescer, enquanto também crescia o número de pessoas que os seguem de perto. Em 2016 são as canções de “Capitão Fausto Têm os Dias Contados” que os levam a superar todas as expectativas. Pouco mais de 30 minutos de música e palavras, num modo pop recheado de detalhe e ornamento mais barroco… E mais do que nunca soaram como a voz de uma geração inteira. E a geração respondeu, elevando a clássicos imediatos as oito canções que então lhe eram oferecidas. Em Dezembro de 2017 os Capitão Fausto voam para São Paulo e é lá que começaram a gravar o quarto disco de originais. “A Invenção do Dia Claro” acaba por sair em março de 2019. “Sempre Bem”, “Faço as Vontades”, “Amor, a Nossa Vida” ou “Boa Memória” mostram uma banda que renasce a cada disco, que se renova com o cuidado de quem quer construir uma carreira sólida. Depois do lançamento de “Capitão Fausto & Orquestra das Beiras no Campo Pequeno” e de “Sol Posto”, eis que chega o quinto disco de originais da banda, “Subida Infinita”, fruto de anos repletos de experiências intensas: de fins e princípios, de morte e vida, de procura e encontro. Dez anos depois da edição de “Pesar o Sol”, a banda celebra essa efeméride num concerto exclusivo preparado para a edição deste ano Super Bock Super Rock. Com uma carreira brilhante, a banda regressa a um local onde já foi muito feliz para celebrar uma série de canções que marcaram a vida de tantos fãs da banda. Temas como “Célebre Batalha de Formariz”, “Maneiras Más” ou “Litoral” voltam a soar bem alto no Meco, onde a banda tocará o álbum na íntegra, na próxima edição do Super Bock Super Rock.
18 Julho | Palco Pull&Bear
O trabalho de Will Butler como membro dos Arcade Fire torna-o corresponsável por alguma da melhor música produzida nos últimos vinte anos. Depois da saída da banda, anunciada em 2022, Will Butler, vencedor de Grammy e nomeado para o Óscar, vem abraçando novos desafios musiciais, procurando resposta para novas perguntas, sem nunca perder a exigência artística pela qual ficou conhecido ao longo destes anos. Depois de já ter editado três discos em nome próprio, “Policy” (2015), “Friday Night” (2016) e “Generations” (2020), Will apresenta agora ao mundo aquela que é a sua primeira aventura no pós-Arcade Fire. Estas novas canções nascem do encontro com os Sister Squares, banda formada por Miles Francis, Julie Shore, Jenny Shore (mulher de Win) e Sara Dobbs, e resultado precisamente do trabalho com Win nos seus projectos a solo. O ADN de Sister Squares está ligado à dança e isso influencia a música que nasce deste casamento com Will. Os primeiros singles, como o contagiante “Long Grass”, mostram um som enamorado pela melhor pop da década de 80, vocacionado para fazer dançar e herdeiro de nomes como David Bowie ou Talking Heads. Essa ordem para dançar também foi recebida pelo público português, no final de 2023, num dos concertos mais elogiados da última edição do Festival Super Bock em Stock.
18 Julho | Palco Pull&Bear
Marc Rebillet é uma força da música electrónica improvisada, conhecido pela sua habilidade única de criar batidas hipnóticas em tempo real. Originário de Nova Orleans, desde cedo que mergulhou no mundo da música, absorvendo a rica paisagem sonora da cidade que o rodeava. Com uma paixão pela improvisação e uma mente criativa inesgotável, Rebillet desenvolveu seu próprio estilo musical que desafia quaisquer rótulos tradicionais. Misturando humor irreverente, talento musical e uma dose saudável de improvisação, Rebillet conquista multidões em todo o mundo, com performances verdadeiramente eletrizantes. Depois de partilhar as suas performances únicas nas redes sociais, conquistou rapidamente uma base de fãs ávida por sua mistura única de música, comédia e improviso. Rebillet ganhou fama nas redes sociais por uma série de sessões improvisadas, com loops vocais, teclados e batidas. Com uma energia rara e um talento evidente, Marc Rebillet continua a desafiar as fronteiras da música eletrónica e a inspirar uma legião de fãs em todo o mundo. Momentos como “Come on and Get the Fuck In!”, “Loop Daddy III”, “Chicken Tenders”, “This is a Song About a Girl”, “Quarantine Beat” tornaram-se virais e mostram toda a sua irreverência e humor.
20 Julho | Palco Super Bock
Os Vulfpeck são uma banda de funk formada em 2011 em Ann Arbor, Michigan. Nasceram do encontro entre os amigos Jack Stratton, Theo Katzman, Joe Dart e Woody Goss. Desde o início da sua carreira, os Vulfpeck ficaram conhecidos pelas suas composições criativas, pelos grooves de baixo intensos e pelas inesquecíveis performances ao vivo, mas também pela sua feroz independência, tendo lançado, pela sua própria label, 4 EPs, 6 álbuns e um álbum silencioso no Spotify intitulado “Sleepify”, cujos royalties financiaram a tour gratuita de 2014. Em 2019 tornaram-se um dos primeiros grupos conhecidos a esgotar o Madison Square Garden, de Nova Iorque, sem o apoio de um manager ou editora.
O EP “Mit Peck” (2011) e o primeiro disco “Vollmilch” (2012) receberam elogios da crítica e ajudaram a consolidar a reputação da banda como um dos grupos mais estimulantes no atual cenário da música independente. Em 2014 lançaram o álbum “Sleepify”, um projecto que consistia em dez faixas de silêncio. Apesar de o álbum ter sido removido pelo Spotify, a estratégia de marketing gerou uma grande atenção dos media e consolidou a sua reputação enquanto banda inovadora e disruptiva. Nos anos seguintes continuaram a conquistar o público e a crítica com o lançamento de discos como “Thrill of the Arts” (2015), “The Beautiful Game” (2016) e “Hill Climber” (2018). Estes registos mostravam uma banda com vontade de fazer diferente, dialogando com outros géneros e colaborando com outros artistas. Mas a fama da banda também se deve às suas apresentações ao vivo, sempre emocionantes, com uma presença em palco verdadeiramente carismática e uma química rara entre os membros da banda. O último disco, “Shvitz”, editado em 2022, mantém a energia em alta e o bom humor que os caracteriza. Donos do seu percurso, os Vulfpeck apenas se apresentam ao vivo quando isso corresponde a um desejo genuíno da própria banda, o que resulta em concertos muito aguardados e invariavelmente esgotados.
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Promotora: Música no Coração
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