1 Festival, 2 dias, mais de 10 salas e mais de 50 artistas. Vai ser este o moto do Super Bock em Stock que, nos dias 25 e 26 de Novembro, está de regresso à Avenida da Liberdade (Lisboa) e arredores. Segue-se um desfile do muito que faltava apresentar por aqui. As cervejas, essas, já estão no gelo.
Algumacena (26 Novembro)
Algumacena resulta do encontro entre o baterista Ricardo Martins (Pop Dell’Arte, Fumo Ninja, Chão Maior, Bruxas/Cobras, Jibóia e Papaya) e Alex D’Alva Teixeira (D’Alva). Sempre que os dois se cruzavam em concertos, falavam na possibilidade de fazer “alguma cena” juntos. Demorou, mas finalmente aconteceu. Alex e Ricardo marcaram encontro num espaço de total liberdade criativa, onde exploram territórios sónicos diversos, guiados pelas infindáveis coordenadas do universo do rock e de todas as suas permutações — sempre com a mente aberta a influências de outros géneros musicais. Têm estado a trabalhar com afinco na composição de canções e, desde a memorável estreia que tiveram na última edição do festival Barreiro Rocks, têm tocado esse repertório de norte a sul do país, levantando o interesse do público e também de vários meios de comunicação dedicados ao rock, ao metal e à música alternativa. “Que Te Tira o Sono À Noite”, o EP de estreia de Algumacena, viu a luz do dia neste ano de 2022.
Atalaia Airlines Big Band C/ Convidados (25 Novembro)
Atalaia Airlines é um conjunto musical baseado em Lisboa e formado por Humberto Dias e Pedro Puccini. O nome da banda é também o nome do primeiro longa-duração, considerado por crítica e público como uma das melhores estreias de 2021. Trata-se de um disco altamente produzido e assumidamente presunçoso, cuja essência vem dos arranjos de cordas lustrosos, da secção de sopros pujante, dos coros femininos, da combinação de baterias acústicas e electrónicas encorpadas, dos sintetizadores analógicos e digitais que tanto influenciaram a música na década de 80, das guitarras sensuais e das percussões hipnotizantes que fazem estremecer o coração… Depois de há um ano estrearem o disco ao vivo no Super Bock em Stock, estão de volta à Avenida da Liberdade para um concerto inédito em formato Big Band, fazendo- se ainda acompanhar de convidados como Mike El Nite, João Sala, Filipe Karlsson, Alexandre Guerreiro ou Iguana Garcia.
Bala Desejo (25 Novembro)
Bala Desejo (na foto) é o nome dado ao acontecimento-encontro dos músicos cariocas Dora Morelenbaum, Júlia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra. Amigos desde a época da escola, os quatro começaram a chamar a atenção após algumas participações nas lives temáticas no Instagram da cantora Teresa Cristina. Tal movimentação culminou no lançamento do álbum de estreia do grupo, intitulado “Sim Sim Sim”. Em 2020, cada um dos músicos seguia um caminho diferente nas suas respetivas carreiras musicais. Cada integrante viveu a própria solidão e processo criativo no período de isolamento. Quando decidiram morar juntos, a residência tornou-se sinónimo de imersão, resultando numa sonoridade que se faz nostálgica no imaginário do público, mas de vanguarda na proposta embalada… A concretização de Bala Desejo como grupo veio a partir do convite do Coala Festival para a edição de 2021, posteriormente adiada por causa da pandemia. Com a impossibilidade do evento, surgiu a ideia da gravação de um disco. “Sim Sim Sim” conquistou o público e a crítica graças a canções como “Baile de Máscara (recarnaval)” e “Lambe Lambe”.
Beatriz Rosário (26 Novembro)
Beatriz Rosário, artista de 23 anos, cresceu a ouvir os discos do avô que foram a porta de entrada no universo do Fado, aliados aos incentivos da sua avó Rosário para que explorasse o seu talento. Assim, surge o nome artístico de Beatriz Rosário, com o objectivo de homenagear a matriarca. Aos 17 anos reuniu os temas que mais marcaram a primeira fase da sua vida e lançou um disco, tendo entrado no universo da música com actuações em casas de fado muito emblemáticas. A artista pronuncia com a intensidade certa o valor de cada palavra que canta, mas sentiu ser necessário colocar o seu cunho pessoal na arte que a escolheu. Beatriz Rosário, que nasceu em Coimbra, muda-se para Lisboa aos 21 anos para completar a sua formação na Universidade Nova, onde ergue a pulso o sonho de encontrar a sua própria identidade musical. Ao longo desse processo, Beatriz teve a oportunidade de trabalhar com vários artistas nacionais tais como AGIR, D.A.M.A e Ivo Lucas, que guiaram a fadista pelo caminho pretendido. O seu EP “Rosário” levou Beatriz a procurar um lugar em comum entre a tradição da música portuguesa e os novos sons e ritmos.
Buzzard Buzzard Buzzard (25 Novembro)
Os Buzzard Buzzard Buzzard surgiram em 2017 e, pouco depois, já despertavam a atenção da imprensa musical e de nomes como o lendário Iggy Pop. Apaixonados pelo rock da década de 70, a banda é uma digna herdeira da tradição glam, ao mesmo tempo que acrescenta a sua identidade a essa mesma tradição – um diálogo com o passado marcado pelo prazer da música pela música. Os Buzzard Buzzard Buzzard são Tom Rees (voz e guitarra), Zac White (guitarra), Ed Rees (baixo) e Ethan Hurst (bateria). Rees e Hurst já se conheciam de outras andanças, mas a banda só apareceu quando Rees decidiu começar a escrever as primeiras canções, claramente inspiradas no rock da década de 70. Assim que a banda se formou, não pararam de tocar ao vivo, até refinaram o espectáculo que hoje apresentam, marcado por uma energia bem alta e por um glamour inconfundível. Depois do sucesso alcançado com singles como “Double Denim Hop” e “John Lennon Is My Jesus Christ”, a banda também passou com distinção o desafio do primeiro disco com a edição de “Backhand Deals” (2022).
Caio (26 Novembro)
O músico João Santos tem-nos habituado ao longo dos últimos anos a alguns dos mais interessantes lançamentos sob o pseudónimo CAIO. No seu cardápio de histórias, conta já com dois discos e dois EPs. No novo trabalho de originais, abre-nos o almanaque do seu coração. Estas são histórias de catarse e superação em capítulos que sangram uma visão crua do que é o amor, do bem que nos traz e do mal que nos faz, e das várias paragens rumo a um porto seguro. Em “Travessia” vemos a porta entreaberta para um coração dorido no que é, até ao momento, o trabalho mais profundo de CAIO. É nesta visão íntima que reside a força motriz deste novo trabalho, numa visão gutural sobre as relações humanas e a maneira como estas definem o presente e fazem rumar ao futuro. Composto, produzido e gravado na Casa do Vento, “Travessia” é marcado pela experimentação, pela introdução de novas estéticas e linguagens, pelo descanso paulatino da guitarra folk em detrimento de um maior relevo ao piano, como textura matricial de uma viagem interior que expõe o artista e as suas fragilidades, transformando as suas maiores derrotas em absolutas vitórias. Este novo registo de CAIO conta com colaborações de Valter Lobo e Evaya, entre outros. Nestas novas canções, CAIO apresenta-se cru, desarmado e despojado da visão naïve de outros tempos.
Crystal Murray (26 Novembro)
Crystal Murray é uma cantora e compositora francesa de R&B. Quem a ouve parece estar diante do futuro da música, dada a frescura e actualidade da sua proposta artística. Filha de pais ligados à música, Crystal sempre ouviu muita coisa diferente, e logo percebeu que esse também poderia ser o caminho para uma expressão artística cada vez mais incontornável… Na música que faz há alguns ingredientes essenciais: as suas raízes latinas e toda a cultura da música que não pede licença para fazer dançar. E é isso que acontece quando se ouve Crystal Murray. A cantora tem uma ligação forte a Portugal e foi em Sines, em pleno verão de 2020, que escreveu ‘Twisted Bases’, o seu último EP. Singles como “After Ten”, “Easy Like Before”, “Too Much to Taste”, “Princess” ou o mais recente “Strict Machine” prometem arrebatar o público neste regresso de Crystal a um país que conhece bem.
Céu (26 Novembro)
Céu é um dos nomes mais interessantes da nova música brasileira. A cantora começou a escrever as primeiras canções quando vivia em Nova Iorque, no final da década de 90. Na altura, dividia o tempo entre um curso de música e uma série de outros trabalhos que a sustentavam nessa aventura pelo estrangeiro. Começou como intérprete apenas, cantando o repertório dos outros, numa escola que lhe daria todas as ferramentas para que ela própria viesse um pouco mais tarde a descobrir o seu lugar de compositora. E foi já nesse papel de compositora que concebeu o seu disco de estreia: o homónimo “Céu”, editado em 2007. Com cinco discos lançados, já foi nomeada para o Grammy Latino por oito ocasiões, tendo mesmo conquistado o prémio três vezes graças aos seus discos “Tropix” (2017) e “Apká!” (2020). Em 2021, Céu regressou às edições com “Um Gosto de Sol”. O primeiro disco em que assume apenas o lugar de intérprete, dando voz a uma dúzia de canções escritas por outros autores. Produzido por Pupillo, o álbum reflecte a forma como a pandemia impactou a vida da artista.
Danielle Ponder (26 Novembro)
A coragem pode assumir várias formas. No caso de Danielle Ponder, essa coragem tomou a forma de um salto de fé: deixou um trabalho bem-sucedido num escritório na sua cidade natal, Rochester, para se dedicar a mostrar a sua voz poderosa a todo o mundo. E a verdade é que a sua estreia de oito músicas, “Some of Us Are Brave”, mostra que essa coragem foi recompensada com um porto seguro. Este registo de estreia é uma refrescante mistura entre pop, r&b, blues, rock, trip-hop, tudo ao serviço da voz celestial de Danielle. Apesar de a música sempre ter feito parte da sua vida, acabou por seguir a advocacia. Mas mesmo quando servia a comunidade enquanto advogada, Ponder nunca esqueceu a música, tocando em banda e compondo, primeiro entre as aulas de Direito e, depois, entre a resolução de casos.
David Bruno e Convidados (25 Novembro)
David Bruno é um multifacetado artista de Vila Nova de Gaia. Produtor, realizador e mente criadora de projectos como Conjunto Corona ou David & Miguel, David é um artista português que ama o seu País e a sua cultura, com todas as virtudes e imperfeições. Misturando o sampling de áudio com instrumentos e rimas que exultam o lado B de Portugal, o resultado é uma explosão kitsch à portuguesa que lhe tem valido muitos prémios e presenças nos principais palcos do país. Em 2021 editou “Sangue & Mármore”. Inspirada num misto entre as observações feitas pelo mesmo durante as longas horas passadas à janela durante o período de confinamento e as suas próprias memórias de infância, ‘Sangue & Mármore’ é uma história que nunca aconteceu, mas podia perfeitamente ter acontecido… Mais tarde o autor decidiu narrá-la para o formato de audionovela e, de seguida, criou uma banda sonora original, com cada personagem a ter direito a um tema. Neste projecto, David Bruno contou com as participações de Gisela João, Marlon Brandão (Os Azeitonas) ou Rui Reininho. “Sangue & Mármore” é uma ode aos dramas do lado B de Portugal e aos lugares-comuns das nossas vidas.
Desconectados (26 Novembro)
Desconectados é o nome do projeto liderado por Pedro Vidal, guitarrista e director musical de Jorge Palma, parceiro de estúdio e palco dos Wraygunn, guitarrista e companheiro de discos e digressões dos Blind Zero, assim como produtor musical da série da RTP ‘Filhos do Rock’. Mas Pedro Vidal não está sozinho e faz-se acompanhar por músicos de excelência: Eurico Amorim nas teclas, Miguel Barros no baixo e Bruno Oliveira na bateria. O disco de estreia, “Liberdade Incondicional”, apresenta 12 temas, o culminar de um percurso trilhado por Pedro Vidal, na busca da sua voz, da sua palavra, da sua música… “Liberdade Incondicional” apresenta três temas da autoria de Carlos Tê, um dos maiores autores da música portuguesa, outro com a colaboração de Manel Cruz, um dueto com o mestre e amigo Jorge Palma, “Frio de Inverno”, e ainda a participação de Mário Laginha, que fez também os arranjos do tema “Se eu fosse Deus”. O disco foi masterizado por Mário Barreiros, outro dos grandes talentos da história da música portuguesa, e a distribuição ficou a cargo da Sony Music. “Liberdade Incondicional” viaja entre a energia eléctrica das guitarras, os ritmos intensos liderados por vozes rasgadas e as melodias vocais acompanhadas por um só piano. É um disco de canções abraçadas pela língua portuguesa e transportadas pela energia do rock, seja na sua vertente mais enérgica, seja em momentos de pura contemplação.
Dora Morelenbaum (25 Novembro)
Dora Morelenbaum é uma cantora e compositora brasileira, nascida no seio de uma família de músicos com nome na cena mundial – Jaques e Paula Morelenbaum. Lançou, no início de 2021, o seu EP de estreia, “Vento de Beirada”, que sintetiza e aprofunda a sua pesquisa acerca da canção e apresenta composições da sua autoria, bem como algumas parcerias. Na mesma altura, produziu a faixa “Dó a dó”, uma composição sua e de Tom Veloso, lançada no final de 2020. Apesar destes trabalhos inaugurarem a sua carreira a solo, Dora Morelenbaum já tinha participado nas gravações de discos de artistas como Ana Frango Elétrico, Júlia Mestre e Dônica, parceiros da sua geração e também seus amigos. Além disso, nos últimos anos, participou da gravação do álbum “Meu Côco”, de Caetano Veloso, fez parte do álbum “Jobim, Orquestra e Convidados”, de Mário Adnet e Paulo Jobim, e também participou no projecto do violonista japonês Goro Ito e do grupo Danças Ocultas. Na edição deste ano do Super Bock em Stock, Dora Morelenbaum leva ao palco do festival as canções do seu EP de estreia, “Vento de Beirada”, bem como o resultado de algumas parcerias com amigos da sua geração (Tom Veloso, Zé Ibarra ou o projecto Bala Desejo).
Ela Minus (25 Novembro)
Ela Minus descreve a sua própria música como um som brilhante para tempos sombrios, fazendo um electropop que tem tanto de delicado como também de desafiador. Gabriela Jimeno nasceu em Bogotá, Colômbia, e cedo se apaixonou pelo punk e pelo heavy metal, géneros decisivos na sua formação, muito antes de passar a assinar como Ela Minus. Depois de se mudar para os Estados Unidos, aprofundou a sua formação em precursão de jazz e também se apaixonou pela electrónica, mergulhando no mundo dos sintetizadores. O seu primeiro single, fruto de todas estas experiências e interesses, chamava-se “Jamaica” e foi editado em 2015, recebendo logo uma atenção por parte do público mais atento e da imprensa especializada. No final desse mesmo ano, editou o seu primeiro EP: “First Words”. Este registo fazia parte de uma trilogia que teve os seus outros capítulos nos anos seguintes, com a edição de “Grow” e “Adapt”. Em 2020, depois de assinar pela Domino Records, edita aquele que é o seu primeiro disco. “Acts of Rebellion” confirma todas as expectativas em relação a Ela Minus, graças a temas como “they told us it was hard, but they were wrong.” ou “megapunk”. Ela Minus equilibra os temas mais pessoais com as suas preocupações políticas, não escondendo desabafos e convicções.
Enola Gay (26 Novembro)
Os Enola Gay têm pouco mais de três anos, mas já se pode dizer que são uma das bandas do momento. Tudo começou com o encontro entre o guitarrista Joe McVeigh e o vocalista Fionn Reilly. Depois do sucesso das primeiras actuações ao vivo, onde logo ficou evidente toda a sua energia, começaram as gravar as primeiras canções, inspirados em bandas como IDLES, Fontaines D.C. ou Girl Band. E nem a pandemia impediu que a popularidade dos Enola Gay continuasse a crescer, graças a momentos como “The Birth of a Nation”, um single que aponta para o racismo da sociedade e que revela a força interventiva da banda. As guitarradas pungentes, a cadência das palavras que nos remete para o hip-hop, os ecos das melhores bandas pós-punk do final da década de 70, tudo isso contribui para o encanto irresistível dos Enola Gay. E esse encanto fica mais uma vez evidente no EP “Gransha”, editado em 2021. Se alguém acha que o punk morreu, mudará de ideias assim que ouvir as quatro canções que fazem parte deste registo de estreia da banda irlandesa.
Gretel Hänlyn (25 Novembro)
Gretel Hänlyn é uma jovem cantora, compositora e guitarrista, criada numa dieta musical à base de Nick Cave e, por isso, não foi surpresa quando, desde muito cedo, decidiu agarrar numa guitarra e começar a fazer as suas próprias canções. Influenciada por nomes como Nirvana e Wolf Alice, Gretel encontrou na música o meio ideal para se expressar. A sua identidade artística começou a definir-se desde esses primeiros tempos, numa mistura de grunge hi-fi, pop gótico e baladas indie. As suas boas notas levaram-na querer formar-se em Física, mas as canções acabaram mesmo por falar mais alto. E, em poucos meses, Gretel preparou um EP com dez faixas. “Slugeye” foi editado em 2022 e recebeu os elogios e a atenção de publicações como The Sunday Times, The Independent, NME, DIY ou Clash, graças a temas tão fortes como “Apple Juice”, um dos singles deste registo de estreia. É difícil ficar indiferente à voz forte de Gretel Hänlyn, uma artista que está empenhada em devolver protagonismo às guitarras melódicas dos anos 90, em pleno ano de 2022.
Irma (26 Novembro)
IRMA nasceu em Lisboa, mas a sua identidade reflecte uma forte influência da cultura angolana, até porque Angola é o país de origem dos avós, com quem cresceu. Aos 12 anos herdou uma guitarra da mãe, instrumento que nunca mais parou de explorar ao mesmo tempo que se aventurava na escrita de canções, primeiro dentro do seu quarto e, aos poucos, com a porta aberta para o mundo. O lançamento de ”Primavera”, o seu álbum de estreia, marca o nascimento de uma promissora cantora, letrista e compositora da nova geração de artistas portugueses. O single de apresentação, “A Qualquer Hora”, foi escrito dez anos antes e recordava que “não há condição para amar. Não há tempo, não existe lugar, nem forma de se amar melhor ou pior.” Depois de “Vejo-te Aqui”, música que lançou em colaboração com Tiago Nacarato e que continua em alta rotação nas principais rádios nacionais, a artista preparou o sucessor do seu álbum de estreia. “Próxima Vez” e “Fica Comigo” são dois dos temas do novo EP que IRMA irá editar em 2022, “Filha da Tuga”.
Isla de Caras (25 Novembro)
A melhor música argentina também passará por Lisboa em novembro deste ano. Isla de Caras prova a vitalidade da música produzida no país de Diego Maradona. No entanto, aqui os golos e as fintas são exclusivamente musicais – e não é pouco, como se percebe depois de ouvir com atenção Isla de Caras. Liderados por Lautaro Cura, a banda começou a dar nas vistas principalmente a partir de 2018, depois da presença no Lollapalooza realizado na Argentina. Enamorados pelo dream pop e vocacionados para as melodias que se colam aos ouvidos, sem nunca perder a exigência, os Isla de Caras têm algo de verdadeiramente genuíno e original. Entre o R&B e a canção pop, o som da banda envolve o ouvinte numa atmosfera vagamente tropical. Essa atmosfera conquistou quem ouviu o disco de estreia, “Chango”, editado em 2018. Gravado no estúdio Los Pájaros e masterizado em Nova Iorque por Alan Douches (um engenheiro de som que já trabalhou com bandas como Animal Collective ou LCD Soundsystem, o que explica muita coisa…), este registo revelava toda a capacidade de Lautaro Cura para a escrita de canções.
Juçara Marçal (26 Novembro)
Juçara Marçal tem uma vida dedicada à música e às artes, num percurso absolutamente singular. Depois do trabalho desenvolvido nos grupos Vésper Vocal, A Barca e, principalmente, Metá Metá, nos últimos anos Juçara decidiu apostar num caminho a solo. Além de cantora, Juçara é também professora de canto e de língua portuguesa, o que talvez explique todo o cuidado no tratamento da palavra ao longo da sua carreira artística e, também, no primeiro disco a solo, “Encarnado”, editado em 2014. O disco foi celebrado tanto pelo público como pela crítica, graças a temas tão fortes como “Velho Amarelo” ou “Não Tenha Ódio No Verão”. A cantora brasileira editou o seu segundo disco em 2021, com produção de Kiko Dinucci. “Delta Estácio Blues” não frusta qualquer expectativa, muito pelo contrário: eleva ainda mais a fasquia, colocando Juçara na vanguarda da música cantada em português (e na restante também). Este é mais um registo de colagens electrónicas ao serviço da poesia, testando as fronteiras dos géneros musicais que servem de base para uma série de narrativas urbanas, retratos de um país frustrado. As investigações sonoras que deram origem a este disco em momento algum lhe tiram toda a humanidade, graças a temas como “Crash” ou “Sem Cais”.
Jüra (26 Novembro)
O que há num nome? No caso de Jüra, há verdade. Cantora e compositora, que encontra na música a tradução da emoção, da dor e do amor que sente. Depois de terminar o Curso de Dança na Academia de Dança de Alcobaça, mudou-se para Lisboa para estudar na EPAOE – Chapitô, uma formação que a levou a trabalhar como bailarina, acrobata, actriz e também em dobragens. Em 2019 começou a tratar a sua música com mais seriedade, e aí cresceu o desejo de partilhar o que vai criando, depois de perceber que é a perfeita tradução daquilo que é e sente. É isso que se percebe de forma nítida e desarmante nos primeiros singles que lançou, “És o Amor” e “somozumnãodois”, que mereceram grande destaque nas plataformas digitais, com mais de meio milhão de streams. Em 2022 lança finalmente o EP de estreia, “Jüradamor”, confirmando Jüra como uma das grandes revelações da música portuguesa. A sua sonoridade entre a pop, o r&b e o hip-hop conquistou as principais rádios nacionais com singles como “diz-me”.
Luísa (26 Novembro)
Para Luísa partilhar boa música é um ato de altruísmo. E, por isso mesmo, é muito agradecida a todos aqueles que lhe foram enchendo os ouvidos desde pequena, afinando os graves e agudos da alma e como que remisturando o cérebro… Aos 21 anos começou a retribuir e a aproveitar aquilo que o destino lhe reservava. Um hotel e música ambiente. O primeiro passo estava dado e, a partir daí, dentro do seu domínio que é o house com sonoridades que passam por break beat, tech e techno, Luísa já passou por espaços como 5AClub, Lux Frágil, Ministerium Club, Harbour, Plano B, entre outros. Diz em tom de drama e fatalista, típico de artista e da pista, que não vive sem um bom jazz e música brasileira, mas a verdade é que não vive sem música.
Manteau (26 Novembro)
Manteau é mais um belo exemplo do talento português que passa pelo Super Bock em Stock. A banda lisboeta, formada por João Maria Girbal, João Carvalho, José Salgado e António Jordão, tem estado no radar dos melómanos portugueses graças a singles como “T’as l’heure?” e “Almost Time”. No verão de 2022 editaram o EP de estreia, “Timequake”, do qual já se conhecia os dois singles anteriormente mencionados, mas havia mais canções com capacidade para conquistar quem se encontrou com a música deste quarteto: “Lisboa Continua” e “Lipstick” confirmam os Manteau como uma banda para seguir com toda a atenção nos próximos tempos. Há uma leveza na sua música que parece ser o melhor antídoto para estes tempos mais sombrios. O som dos Manteau passa pelas paisagens do jazz, da bossa nova, da dream pop, na procura por uma linguagem só sua… Houve quem escrevesse que “Timequake” combinava com o verão, mas na verdade esta parece ser uma música para qualquer estação.
Mari Segura (26 Novembro)
Mari Segura é uma jovem cantora e compositora colombiana-mexicana, residente em Lisboa, que se inspira na vida e transforma a sua experiência em melodias que tanto podem fazer sorrir ou comover quem as ouve. Com apenas seis anos foi-lhe oferecida a primeira guitarra e, aos 12, compôs a primeira canção. Desde aí nunca mais parou. Em 2020, deu que falar quando participou no concurso “The Voice Portugal” e impressionou os jurados na sua prova cega, tendo virado as quatro cadeiras. Além do reconhecimento do público português, também criou alvoroço na Colômbia, por representar o seu país tão longe de casa. Em 2021, com apenas 23 anos, já tinha vivido em sete países, experiências que acabam por se reflectir na música que faz. As suas influências latinas, em conjunto com uma onda indie folk e pop, dão origem a um som, cantado tanto em espanhol como em inglês, e às vezes também em português e italiano. Em 2022 edita o seu EP de estreia “Piano Piano”.
Miami Horror (26 Novembro)
Fundados por Benjamin Plant, os Miami Horror são uma das bandas mais interessantes do actual panorama musical australiano. Responsáveis por uma electrónica desafiante, fortemente influenciada pelas décadas de 70 e 80, e por nomes como Prince, Supertramp, ABBA ou até, já noutros territórios, por bandas como os New Order. Os Miami Horror são o projecto pessoal do músico Benjamin Plant, que juntou Josh Moriarty (guitarra e voz), Aaron Shanahan (guitarra e voz) e Daniel Whitechurch (baixo, teclados e guitarra) a esta aventura que partiu de Melbourne para o mundo, conquistando todos aqueles que são apaixonados pela música de dança com um forte apelo pop, como é o caso. Em 2010 editaram o primeiro disco: “Illumination”. Desde aí não pararam de surpreender e de incendiar pistas de danças, alcançando milhões de audições nas plataformas de streaming graças a temas como “I Look To You (feat. Kimbra)”, “Real Slow (feat. Sarah Chernoff)”, “Holidays (feat. Alan Palomo)” ou “Sometimes”. Em 2015 editaram “All Possible Futures”, um caldeirão onde cabem o universo psicadélico, dreampop, disco ou acid house, entre muitos outros géneros. Em 2021 assinalaram o 10º aniversário de “Illumination” com edição especial, com os temas da edição original, B-Sides e remixes.
Miguel Gizzas (25 Novembro)
Miguel Gizzas sempre fez muita coisa e sempre revelou ser um talento versátil. Começou por se formar em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, no ano de 1993, completando o MBA e a tese de mestrado em 2004 na Universidade Católica Portuguesa. De seguida foi mesmo docente na licenciatura de Gestão, também na Universidade Católica, e fez o seu percurso enquanto gestor. Mas aqui o que importa é a veia artística de Miguel. Músico profissional desde 2001, efectuou mais de 500 actuações durante 10 anos, antes de lançar o seu primeiro álbum, “Tempo Ganho”, em 2011. Em 2014 lançou o primeiro romance musical, “Até Que o Mar Acalme”, uma experiência completamente inovadora em que o leitor podia ler e ouvir em simultâneo… Mais recentemente, e ainda no rescaldo desse sucesso, Miguel lançou o romance musical “O Dia em que o Mar Voltou”.
Motor (25 Novembro)
O Motor está aquecido e pronto para arrancar. Rock, em português, feito em 2022, cruza duas gerações de músicos. Budda Guedes (Budda Power Blues, Trio Pagú, Balão de Ferro) assume a voz e guitarra e João Cabeleira (Xutos & Pontapés) assume a guitarra, como só ele sabe fazer. Com composições de ambos e um disco novo gravado em 4 dias no quartel-general dos Xutos & Pontapés. Canções em formato Rock fundem as influências de Budda Guedes e João Cabeleira, presenteando-nos com refrões fortes suportados em guitarras distorcidas. O rock está vivo, de boa saúde e recomenda-se, e o Motor está pronto para altas velocidades.
Reyz (25 Novembro)
REYZ foi o artista vencedor dos concertos finais do #OneStep4MusicFest/TalentosAgitÁgueda que decorreram na cidade de Águeda, no palco do AgitÁgueda, onde seis talentos emergentes disputaram ao vivo a vaga para actuar na edição deste ano do Super Bock em Stock. Esta possibilidade acontece graças ao projeto #OneStep4MusicFest, uma iniciativa da Big Appetite 4 Music, que conta com o apoio e parceria da Música no Coração, promotora do Festival Super Bock em Stock. REYZ é um jovem do concelho de Oeiras e iniciou a sua carreira aos 16 anos, quando formou dupla com Jamba no projecto ‘Alma Negra’. Desde então, tem criado e lançado temas e videoclips para promover o seu trabalho e conquistar mais seguidores. Mais recentemente lançou quatro temas: ‘Run’, em parceria com o cantor NSnow, ‘Jiggy Jiggy’, ‘Nha Broda’ e ‘Jorge Mundo’, canções que fazem parte da playlist editorial do Spotify ‘Seda’ e ‘Ganda Cena’.
Rita Dias (25 Novembro)
Rita Dias é mais do que uma jovem cantora. A artista natural de Coimbra compõe, canta, escreve, faz teatro, faz rádio… Em suma, faz arte, que com o seu poder transformador atravessa os corações como só o amor consegue. Rita Dias faz da música e da palavra o seu acto político. Em 2022 regressa às edições discográficas, com o lançamento do novo álbum de originais: “Morremos tanto para crescer”, com selo Valentim de Carvalho. “Morremos tanto para crescer” tem a participação de noiserv no tema “A ti, nunca”, parte da banda sonora da “A Mim, nunca”, uma série da autoria de Joana Dias e lançada na RTP Play. Mas voltando um pouco atrás, Rita Dias não tem parado nos últimos anos: em 2013 editou o seu primeiro disco, “Com os pés na terra”; em 2016 lançou o EP de músicas infantis, “Gosto de ti assim”; no mesmo ano assinou o hino da RTP Memória, “Se Bem Me Lembro”; e ainda participou no Festival da Canção no ano de 2018. Teve também tempo para lançar o seu livro de poesia: “O Encontro do Tempo Ternário”. “Morremos tanto para crescer” é um novo capítulo na carreira de Rita Dias. Neste novo trabalho, a cantautora explora as suas raízes culturais, cruzando-as com novas sonoridades e estéticas, mantendo-se fiel à sua música portuguesa feliz, calorosa, contemplativa e esperançosa. Além de noiserv, o álbum conta ainda com a participação de outros nomes, como Ana Moura.
Sudan Archives (26 Novembro)
Sudan Archives é uma daquelas artistas capazes de surpreender pela sua irreverência. Começou por dar nas vistas como uma violinista de vanguarda, munida de um pedal de loop que dava um colorido especial às suas performances. Mas vai muito além da curiosidade inicial que pode suscitar: Sudan Archives é uma cantora poderosa, uma compositora apaixonada e uma beatmaker empenhada em desafiar os seus próprios limites. Cativou o público com seu som híbrido em festivais como Coachella, Pitchfork Midwinter e FORM: Arcosanti, dividindo o palco com nomes como St Vincent, Ibeyi ou Michael Kiwanuka. Nestes concertos, Sudan Archives deu a conhecer os seus primeiros EPs pioneiros, como “Sudan Archives” (2017) e “Sink” (2018), e também o seu disco de estreia, “Athena” (2019). Neste registo, Sudan oferece-nos uma visão realmente magnética e psicadélica de um R&B ao qual é difícil ficar indiferente.
TV Girl (25 Novembro)
À primeira audição, TV Girl parece uma fusão da pop francesa da década de 60 com a melhor soul do sul da Califórnia. No entanto, por detrás deste verniz mais luminoso, há uma banda que também se sente confortável em territórios mais sombrios, empenhada em escrever canções que não fogem à melancolia, à ironia ou ao sarcasmo. O grupo, formado por Brad Petering, Jason Wyman e Wyatt Harmon, nasceu do interesse crescente de Petering pelo mundo dos samples. Em 2014 editaram o seu primeiro disco. “French Exit” foi aclamado pela crítica graças a uma combinação perfeita entre uma escolha criteriosa de samples, guitarras elegantes e vozes etéreas ao serviço de um belo conjunto de canções. As pistas deixadas neste primeiro registo foram seguidas nos discos seguintes. “Who Really Cares” e “Death of a Party Girl” elevam a fasquia, tanto em termos musicais como líricos.
The Clockworks (26 Novembro)
Os irlandeses The Clockworks provam que a Irlanda continua a dar ao mundo algum do melhor rock da actualidade. Formados por James McGregor (voz e guitarra), Seán Connelly (guitarra), Damian Greaney (bateria) e Tom Freeman (baixo), os Clockworks já conquistaram o público e a crítica com a sua energia, alimentada por inconfundíveis linhas de guitarra sintonizadas com a melhor tradição pós-punk. A banda tem recebido a atenção de publicações como The Guardian, The Independent e Hot Press, e de rádios como BBC Radio 1, BBC 6 e Sirius XM, graças a singles certeiros como “Feels So Real”, “Enough Is Never Enough”, “Can I Speak To A Manager?”, “The Future Is Not What It Was”, entre outros temas de um arsenal de canções cada vez mais poderoso. Em 2022 editaram aquele que é o seu primeiro EP. Neste registo homónimo, os Clockworks mostram ser uma banda capaz de explorar as sombras da existência sem nunca perder a energia e a vitalidade.
The Lemon Lovers (25 Novembro)
The Lemon Lovers é mais uma banda que representa aquilo que de melhor existe na nova música portuguesa. Tudo começou quando os músicos João Pedro Silva e Victor Butuc começaram a tocar juntos, ainda no ano de 2012. O primeiro disco de longa duração surgiu em 2015, com o título “Loud, Sexy & Rude”. ‘The 55’ e ‘No Shoes’ foram singles que deixavam bem evidente o talento deste duo, donos de uma energia rock à qual era mesmo muito difícil ficar indiferente. A sua base de fãs foi crescendo, e o projecto de João Pedro Silva e Victor Butuc passou mesmo por vários palcos europeus logo nesses primeiros anos. Em 2016 havia mais um disco editado: “Watching the Dancers”. Como sempre acontece com os Lemon Lovers, este registo trazia ideias novas e mostrava uma banda criativamente irrequieta, apostada em experimentar e testar os seus próprios limites. E foi isso que aconteceu com “Agua del Carmen”. O EP de 2021 propõe uma viagem imaginativa por paisagens áridas em pleno território mexicano. Logo depois surgiu “pretend that i care”, o último da banda e mais um registo que coloca os Lemon Lovers como um dos mais interessantes projetos da actual música portuguesa.
W.H. Lung (26 Novembro)
Manchester sempre nos deu boa música, e os W.H. Lung provam que a cidade continua a inspirar alguns dos melhores músicos da actualidade. O trio, formado Joseph E (voz e sintetizadores), Tom S (guitarra) e Tom P (baixo), tem conquistado o público e a crítica com a sua proposta de synth-pop perfeitamente adaptada ao espírito destes tempos. Aquele que começou por ser um projecto de estúdio rapidamente deu o salto para as performances ao vivo. Depois da estreia com o single “Inspiration!/Nothing Is”, editado em 2017, o grupo conquistou o público de festivais como o Green Man ou End of the Road. Influenciados por nomes como LCD Soundsystem, Talking Heads, Prince e Julia Holter, além dos inevitáveis Kraftwerk, W.H. Lung têm consolidado a sua própria personalidade artística. Em 2019 editaram o seu disco de estreia, “Incidental Music”, precedido por singles como ‘Bring It Up’, ‘Second Death of My Face’ e ‘Simpatico People.’. Em 2021 regressaram aos discos com “Vanities”, um registo ainda mais refinado.
Yaya Bey (25 Novembro)
Yaya Bey é uma das mais entusiasmantes contadoras de histórias do R&B. Sem nunca deixar de dialogar com as referências do passado, nem de querer vingar a sua própria assinatura, a cantora e compositora de Brooklyn oferece-nos uma série de histórias, em que tanto partilha todas as suas dificuldades como nos deixa a porta aberta para a alegria de viver. Yaya Bey estreou-se em disco no ano de 2020, com o lançamento de “Madison Tapes”, um registo em que mostrava todo o seu potencial. No ano seguinte chegou “The Things I Can’t Take with Me”, registo comovente que revela a sensibilidade da cantora norte-americana. 2022 é o ano de novo disco. “Remember Your North Star” é um caldeirão onde cabem o jazz, R&B, soul, reggae, entre outros géneros. É um disco sobre ser mulher, mulher e negra, onde todos os traumas, seus e de tantas outras mulheres marcadas pela misoginia, são matéria para uma série de canções que constituem alguma da melhor música deste ano de 2022.
Zola Blood (25 Novembro)
Zola Blood são representantes de alguma da melhor música britânica da actualidade. Quando Matt West (voz), Ed Smith (sintetizadores), Sam Cunnington (bateria) e Paul Brown (guitarra) se encontraram para tocar juntos em 2013, logo captaram a atenção de uma cena musical sempre ávida das melhores novidades. Donos de uma energia contagiante, os Zola Blood fizeram crescer as expectativas entre aqueles (muitos) que passaram a acompanhar a banda, dando passos seguros até a estreia em disco com “Infinite Games”, um registo de 2016. O disco foi bem recebido, tanto pelo público como pela crítica, graças a temas como “The Only Thing”, “Infinite Game” e “Heartbeat”, talvez os pontos mais altos de um disco sem falhas. Depois de um período de maturação de novos caminhos artísticos, os Zola Blood voltam aos discos com “Black Blossom” editado já este ano. A banda nunca quis editar um segundo disco só para cumprir agenda, e este novo registo de 12 faixas mostra que a electrónica do grupo inglês está mais afinada do que nunca. Com críticas a um certo canibalismo do mundo digital, “Black Blossom” tem canções tão fortes como “For The Birds”, “What Matters Now”, “The Way It’s Gone” ou “Bright Eyes”.
Zé Ibarra (25 Novembro)
Zé Ibarra é um dos músicos mais interessantes da nova Música Popular Brasileira. De regresso ao Brasil, depois de um mês e meio a viajar pela Europa com Milton Nascimento e com o projecto Bala Desejo, Zé Ibarra andou pelo Rio de Janeiro com seu espectáculo a solo. Mas o regresso à Europa, e mais especificamente a Portugal, está de novo no horizonte, com a actuação marcada para o Super Bock em Stock. No projecto Bala Desejo, Zé Ibarra experimenta todas as possibilidades do desbunde e da atitude expansiva; com Milton explora mais a sua faceta enquanto cantor e intérprete; já nesta apresentação em nome próprio, o músico brasileiro pretende mostrar as suas outras facetas: como extraordinário músico, compositor e director musical. Escrito e dirigido por ele próprio, este espectáculo tem como fio condutor o passeio pelo seu repertório antigo e inédito, mas Zé também se propõe a abranger canções de vários artistas da nova cena musical brasileira, representando um todo coeso e potente. Acompanhado por músicos excepcionais como Alberto Continentino, Biel Basile e André Siqueira, Zé Ibarra promete um momento livre, espontâneo e surpreendente.
Os bilhetes estão à venda em meoblueticket.pt, bol.pt e nos locais habituais.
Promotora: Música no Coração
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