Sessa (na foto), Sudan Archives, Crumb e Yves Tumor. É este o quarteto que faltava anunciar por aqui, isto no que toca a novas confirmações no cartaz para a edição deste ano do Vodafone Paredes de Coura. Ficam as devidas apresentações, sempre à boleia dos press releases.
Antigo membro e fundador da banda paulista Garotas Suecas, Sessa já é um nome conhecido para os mais atentos à cena musical brasileira e americana. “Grandeza” não é apenas o seu disco de estreia, é também uma afirmação na sua carreira a solo, a descoberta de um espaço que lhe permite explorar a sua visão sobre aquele que é o enorme território sonoro brasileiro. São onze temas que nasceram como uma homenagem ao seu país, onde nos cruzamos por caminhos traçados por Caetano Veloso e Tom Jobim: a visceralidade e sensualidade a cada palavra e os melódicos arranjos sonoros. A complexidade na arte de Sessa surge do esforço de condensar toda a riqueza de ritmos e texturas da música cantautoral brasileira.
A compositora e produtora autodidacta Brittney Parks aprendeu a tocar violino enquanto jovem em Cincinnati, cidade onde cresceu em Ohio. O seu padrasto, Derrick Ladd – empresário musical que trabalhou com L.A. Reid e Babyface –, introduziu Parks e a irmã gémea a uma carreira pop, mas esta primeira abordagem na indústria foi de curta duração. Após a mudança para Los Angeles e os conhecimentos em tecnologia musical através do uso de um tablet, Sudan Archives começou a produzir sonoridades misturadas com voz e instrumentos de corda e a criar composições cada vez mais inspiradas na sua paixão pela música Sudanesa. O EP homónimo surgiu em 2017, mas foi logo seguido pelo lançamento de Sink. Para a estreia do primeiro LP, Sudan Archives contou com a participação de vários convidados, como Paul White, Rodaidh McDonald e Wilma Archer e resultou no conciso e estilisticamente expansivo Athena (2019).
O quarteto de psych-rock nasceu do desejo dilacerante da vocalista/guitarrista Lila Ramani completar as suas letras. A banda natural de Brooklyn funde sonoridades psych de anos de 1960 com pitadas de improvisos de jazz, a que adiciona um informal indie rock – o que resulta num pop que tem tanto de sedativo como viciante. Crumb e Locket são os primeiros dois EPs de Crumb, que já conseguiu inúmeros elogios da cena musical.
Nascido e criado no Tennessee, Sean Bowie desenvolveu a sua paixão pela música ainda na adolescência, enquanto aprendia a tocar vários instrumentos musicais. A sua mudança para Califórnia apresentou-o à indústria musical e ajudou-o a descobrir novas inspirações como as sonoridades de Throbbing Gristle. Bowie acabou por ser tornar activo na cena da música experimental de Los Angeles, e a sua música recebeu inúmeros elogios da indústria especializada e levou-o a colaborações com Star Slinger, James Ferraro e Jónó mí Ló. Depois de se estabelecer na Europa, o artista experimental decidiu trabalhar em materiais espirituais e mais pessoais como Yves Tumor. A sua música envolve profundas colagens ambientais, voláteis toques de lo-fi soul e agressivos ruídos, transformações compostas por mudanças de estilos e sonoridades que são apresentados de forma fluída e surrealista.
Promotora: Ritmos
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