Se há música de dança que aterre nas pistas de dança de fato e gravata, ela é sem dúvida a produzida pela dupla Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, que já inscreveu o seu nome na história da música fazendo uso de apenas três letrinhas: Air.
Com um som atmosférico e sensual, algures entre a new wave, o film noir, a chanson française e o lema synthesizer rules – e influenciados por gente tão diversa quanto Burt Bacharach, Jean-Michel Jarre ou Brian Wilson -, os Air são, apesar da sua descrição e aparente timidez, uma das bandas e influências maiores no que toca à electrónica cozinhada pós ano 2000.
A caminhada começou em 1998 com o épico “Moon Safari” – que inclui épicos como “Sexy Boy” ou “Kelly Watch the Stars” – e, desde então, já fomos prendados com rodelas como “Premiers Symptomes” (1999) – talvez o grande disco da banda, que apresenta os primeiros temas que a banda compôs antes de se aventurar no mundo dos longas-duração -, “The Virgin Suicides” (2000) – a banda-sonora composta para o filme de Sophia Coppola -, “10,000 Hz Legend” – o mais perto que estiveram de dar um tiro ao lado -, “Talkie Walkie” (2004), “Pocket Symphony” (2007) e “Love 2” (2009) – o primeiro disco a ser inteiramente produzido pela banda.
Já em 2012 a banda compôs, em menos de um mês, uma banda-sonora para o filme mudo “Le Voyage Dans la Lune”, de 1902, que acabou por se expandir para um longa-duração em que participaram nomes como as Au Revoir Simone ou a bela Victoria LeGrand, dos Beach House. Em 2014 lançaram o seu último trabalho de estúdio, “Music for Museum”, uma encomenda do Palais des Beaux-Arts de Lille, inspirado nas obras de arte por lá expostas.
NOS Primavera Sound
9 a 11 Junho 2016
Parque da Cidade, Porto
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