“Natural de Oliveira Santa Maria, Patrícia Costa cresceu a ouvir música tradicional portuguesa. O fado desde muito cedo tomou conta da sua voz e Amália Rodrigues é a sua maior referência. Assente no fado mais puro, numas vezes recriando grandes clássicos, noutras revestindo as melodias antigas com novos poemas, no seu repertório encontramos também fados novos, e ainda uma paixão de berço desta natural do Minho: o folclore.”
(Retirado do site oficial do Bons Sons)
Aquele livro de que gostaste tanto que, se te tivesse sido emprestado, pensarias pelo menos duas vezes antes de devolvê-lo.
Bem, começas logo pelas perguntas difíceis… É que nem é “se” – já aconteceu tantas vezes! E claro que pensei demoradamente antes de devolver mas, lembrando-me de como fiquei quando não me devolveram livros que emprestei, naturalmente desisti sempre dos furto, mas não sem antes garantir que já tinha um exemplar na minha prateleira! Costumo dizer que os meus livros não são meus – eu é que sou deles. Agarraram-me como só raros amantes sabem. E, por isso, há certos livros que nem existem na minha prateleira hoje, apesar de eu ter vivido com eles noutros tempos, mas continuo a ser deles. Porque eles continuam em mim. Não precisei de devolver, mas amo de paixão “A Morgadinha dos Canaviais”, “As Intermitências da morte”, o “Memorial do Convento” e vários do Eça, Hemingway, Eco, Somerset Maugham… Devolvi os do Aquilino, do Jorge Amado, da Sophia, a Clarice é ainda um work in progress, e um que também me custou muito devolver e ainda mais emprestar (mas voltou!) foi “O Leopardo”, do Lampedusa. A minha edição linda e velhinha do Cancioneiro de Gonçalo Sampaio não empresto. E a Colecção Vampiro também não.
Qual seria a melhor App de sempre?
Não sei se é da categoria “App”, mas acho que a melhor invenção de sempre seria mesmo o teletransportador.
A cena mais romântica que já fizeste por alguém.
Vou excluir invasão de propriedade e esvaziamento de poupanças… É difícil eleger uma. Talvez um lenço de namorados com os desenhos e as quadras totalmente personalizados, que me demorou meses a fazer mas ficou uma obra de arte.
A melhor música de engate para dedicar na rádio ou cantar ao ouvido.
É que não tenho ideia! Acho é que os fados estão excluídos da categoria “cantiga de engate”, inclusive o “Só nós dois” do grande Tony! A “Quatro paredes” da Marisa Monte é capaz de ter algum potencial – deve ser do sotaque adocicado.
Aquela comida de que gostas tão pouco que, se te for servida num jantar de amigos, tens de inventar uma dor de barriga.
Não existe.
Se pudesses ser um Super-Herói qualquer, quem escolherias?
Espera aí um bocadinho que vou googlar porque não percebo nada de super-heróis. Na verdade, percebo muito pouco de quase tudo. É que não consigo entender-me nesse universo dos comics, eu é mais Colecção Vampiro. Posso ser a Tomb Rider?!
O vinil que mais puseste a rodar no prato (ou, se fores muito nova, o CD).
Amália. Não vamos falar do assunto “discos da minha vida” senão a coisa descamba.
O filme que te fez chorar tanto que tiveste de esperar uns minutos para sair da sala de cinema (para que ninguém te visse de olhos espremidos).
Mais marcantes que os filmes que me fizeram chorar (pois nesses incluo até o “Titanic” ou uma quantidade absurda de comédias românticas), foram os filmes que mudaram alguma coisa dentro de mim. “Os Coristas”, “A Vida é Bela” ou “O Castelo Andante” tocaram-me profundamente. No entanto, “Figurantes” – de Ricardo Pais -, “Pedro e Inês” – de Olga Roriz – e “La Balle Rouge” – de Denix Garénaux – são os lugares do pódio quanto a lágrimas vertidas – mas não são filmes.
A melhor canção de 2018.
Isso não existe. Uma canção é muito mais do que um resultado composicional redigível, ou que uma sua interpretação. É um contexto, um momento e um diálogo muito para além da “obra musical” em si. Só sei, com segurança, que as melhores canções acontecem nas melhores pessoas.
O concerto do Bons Sons vai ser…
…Todo coração.
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