“Captain Boy (nome inspirado numa história de Júlio Verne) é o alter ego de Pedro Ribeiro, vagabundo com voz rouca e guitarra a tiracolo que canta histórias que transcendem o tempo. A sua sonoridade ferrugenta leva-nos a bordo de um barco imaginário e, tal como o mar, Captain Boy é imprevisível, transformando todos os concertos numa viagem distinta. O primeiro artista a ser escolhido para abrir o palco EDP do Festival Super Bock Super Rock, em Julho de 2015, acaba de lançar o seu primeiro álbum, “1”. Um disco sobre fragilidades, do qual “Sailorman” é o primeiro avanço.”
(retirado do site oficial Bons Sons)
O primeiro disco em que usaste o dinheiro que tanto trabalho deu a enfiar no porquinho de barro.
Ahah. Penso que foi o um dos Beatles.
Os discos que os teus pais, irmãos e primos mais te fizeram ouvir em pequeno.
Os meus pais sempre me obrigaram, e bem, a comer a sopa e a ouvir os discos todos de Bob Dylan e Leonard Cohen.
A banda ou músico que te fez comprar e usar uma T-Shirt.
Pearl Jam nos tempos de adolescência.
O livro que, se não mudou a tua vida, terá pelo menos valido cada uma das pestanas queimadas.
“1984”, de George Orwell.
O escritor ou músico – no feminino ou masculino – com quem gostarias de conversar por entre uns Mouchões e bolos dos santos (ou outro petisco qualquer).
Não sabendo o que são Mouchões, era bem gajo de comer bolos dos santos a conversar com o Rodrigo Amarante. Mas gostava de saber!
O filme que te fez sair da sala de cinema a meio – ou, pelo menos, mudar de canal.
O “Exorcista” quando era puto. Saí mesmo da sala de cinema porque me enganei no filme. (Parece que já sabiam desta!)
Se pudesses viajar no tempo para ver um artista ou banda já desaparecidos, até onde te levaria a viagem?
Levava-me ao Sin-é em 1993 para ouvir Jeff Buckley.
O prato que comerias sempre se não pudesses morder outra coisa.
Massa com cogumelos portobello, shimeji, shiitake, hiratake, pleurotus, Eringui e Nameko. Só queria que passasse bem a ideia de que comia massa com todos os cogumelos. Fui ver os nomes ao Google.
Se Cem Soldos fosse um reino e tu o manda-chuva, qual seria o teu primeiro decreto-lei?
Alargar a duração do festival para 365 dias.
Que bons sons – nacionais e não só – já nos trouxe este ano de 2017?
“Good Boys”, dos Stone Dead, e “Oczy Mlody” dos Flaming Lips.
Três discos que voltam recorrentemente a entrar na tua playlist.
“Grace” – Jeff Buckley, “Siamese Dream” – Smashing Pumpkins e “Half Way Home” – Angel Olsen.
A viagem que te fez pegar na caneta e escrevinhar uma música.
Não sei se vale mas faço várias viagens ao meu subconsciente no meu processo criativo. Um resultado disso é a “Honey Bunny”, o segundo single do meu álbum. Nesta viagem pus-me na pele dum ajudante de produção do filme “Pulp Fiction”. Na minha cabeça assim que saiu do restaurante nas filmagens, construiu um foguetão para fugir com a amante.
A canção alheia que gostarias de ter escrito.
“Contramão”, do B Fachada.
Se a tua vida desse um livro seria…
“ O Principezinho”.
E se fosse uma canção?
“The Next Time Around” – Little Joy.
O que podemos esperar do concerto de Cem Soldos?
Podem esperar um concerto dum puto que comeu demasiados bolos dos santos ao almoço e a avó disse que ele tem de fazer 3 horas de digestão para ir dar um mergulho. As 3 horas são extensíveis ao momento que recebi a notícia que ia tocar no Bons Sons e ao momento que tocar nas cordas. É um festival que me apaixonou sem nunca ter ido e é um prazer enorme poder tocar na primeira visita à aldeia. Sinto que existe carinho e sorrisos que chegam de Cem Soldos a Guimarães. Vamos tentar afinar as notas todas no Palco Giacometti.
Foto: Johan Bergmark.
Sem Comentários