Foi há cinco anos que o quase-advogado deixou de entulhar tribunais com insolvências e se virou para a música. Gravou um primeiro álbum, tão imprevisto como desconhecido, expondo-se em sete vozes e saltitando pelos instrumentos. O disco é de Inverno, mas o concerto no BONS SONS é coisa para aquecer: percussões do fundo da terra, um ligeiríssimo saxofone soprano e um clarinete-baixo filho-da-mãe. E canções novas que prometem desafiar os campos magnéticos dos corpos mais suados.
(Retirado do site oficial do Bons Sons)
Que bons sons – nacionais e não só – já nos trouxe este ano de 2015?
O novo da Márcia, Quarto Crescente: o Rio faz um bem danado. Ou o Infinito Presente, fruto das entranhas do Camané e das orelhas do Zé Mário. E o novo do Sufjan Stevens? Um primor. Mas ainda estou a ouvir coisas do ano passado: o Zeca e a Angel Olsen, a Amália e o Todd Terje, o Brel e os Novos Baianos…
Três discos aos quais regressas com frequência.
O Campolide, do Sérgio. O Samambaia, que é o do fundo de fetos compondo o retrato penteadinho do Chico. E o Small Change, do Tom.
Uma canção que gostarias de ter escrito.
A mais sentida elegia a uma peça de mobiliário urbano: Urinol, dos Corações de Atum.
O teu – ou um dos – livro de eleição.
Sempre o último que li: Square Tolstoi, do Nuno Bragança.
Se a tua vida (pu)desse (dar) um livro seria…
Um ensaio.
E se desse uma canção?
Preciso me encontrar, do Cartola. Mas como sou lisboeta e não carioca, talvez a canção saísse à Tony de Matos.
O que comprarias com Cem Soldos?
Raspadinhas.
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